Poet mineiro do cerrado - LUCIANO SPAGNOL

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DESIGUAL (soneto)

No passo, tateio a loucura que figa
Vagando na rígida profundidade
Duma lucidez de só ver a metade
Onde se díspar e muito se intriga

Não há ilusão sem a tal suavidade
Que agora me traga n'alma fadiga
Ou tão pouco no horizonte ortiga
Amargando o hoje de infelicidade

E, não mais me escondo pela vida
Nem abandono mais a dor rapariga
Quero apenas, precioso, poder ser

Sem o normal, abismal, sem ferida
Afinal, ter harmonia na ação parida
É ser desigual, mas o amor, haver!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano