Pensamentos Irrevogáveis

Encontrados 8 pensamentos de Pensamentos Irrevogáveis

⁠Dando passos concisos alcanço o real
O real não é a concepção mais bela e empolgante da existência
O real é tenaz, cinza e longilíneo
Fornece substrato e substância
Nos dá insuficiência

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⁠Não saber, ou melhor, saber que a incerteza é certa e que o amanhã talvez não venha
Sentir que o caminho a ser trilhado, mesmo sabendo que apenas exista esse, não nos leve ao lugar esperado
A Vida tem disso, ou melhor, a vida é composta apenas disso
Esperar o incerto e saborear a certeza da sua chegada

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⁠Do presente apenas levamos as lembranças e as músicas, que no futuro tornam-se uma só coisa

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Rabisco qualquer coisa no papel
Remendos de ideias que li em livros esquecidos e velhos,
Empoeirados pelo tempo
Reescrevo idéias que vejo nos meus dias
Idéias que coadunam com os dias de outrem
Se misturam nas diversas matizes
E assim escrevo com sentimentos alheios
O alheio que por uns instantes é meu
O alheio que vejo pela janela da vida
Sonho e sinto o toque em mente
O alheio que não será meu, mas sim nosso

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⁠Uma noite chuvosa, um livro, uma música
Necessariamente nesta ordem.
Sozinhos, podem até não ter tanta importância.
Em conjunto, possuem cheiro, textura e gosto de felicidade

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⁠Será que valia Monalisa 12 contos-de-réis ?
E Shakespeare, era o maior escritor da Inglaterra?

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⁠Abrindo um velho caderno, ruído as traças,
quase desmanchando aos dedos, lembrei de você, exatamente da forma que eu via, a poeira entrando ao nariz não fez eu deixar de sentir o seu cheiro, perfume de primavera, quase clichê.

Fecho o caderno, olho para cima, dou um leve sorriso e me lembro das tardes em que o vento trazia uma leve briza, cumplíce das tardes com nuvens em aquarela, laranja, azul e vermelho, o espetáculo da vida.

Memórias em um velho caderno, em uma velha memória e poesias de outro tempo em que se conquistava uma mulher com um papo furado pautado em um poema tirado de um velho caderno.

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12 de outubro, talvez seja outra data, mas tinha cor, jeito e cheiro de 12 de outubro, cheiro de saudade. Os raios do sol, que estava a se pôr, ilustravam o céu com rabiscos nas nuvens contrastando com o verde dos seus olhos que me observava indiretamente e contemplava o cenário, como se o hoje não viesse e ontem fosse eterno.

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