Pedro Callou.
Quem inventou a palavra ''sinceridade''' foi um tolo.
E quem a pronuncia em direção aos humanos é mais tolo ainda.
Temos é que viver na mentira, por que a verdade quando é dita, corrói.
Pedro Callou.
Se minhas palavras passadas tivessem deixado marcas, certas palavras ditas hoje seriam feridas em sua alma.
Minhas últimas palavras antes do enforcamento:
Se o presidente soubesse o que sei da mulher dele, não me deixaria morrer...
Mate-me, bem devagar, da forma como queira, de preferencia que durante o momento em que me mata, faça com que dure alguns séculos.
Prefiro viver outra realidade, prefiro ser velho sendo adolescente.
Prefiro viver minha vida de ilusão no tempo que não existe mais, só assim posso tentar enxergar o mundo da forma que ele deveria ser. 12/Fevereiro/2014.
Pedro Callou.
Nunca julgue um livro pela capa.
Não se sabe ao certo se o mesmo que desenhou sabia escrever... Não deixe que as aparências o enganem, as vezes um sapo tem um veneno que uma cobra nem sonha ter...
Poema ao Corvette.
Ah se em minha juventude, tivesse tido o prazer de conhecer uma bela garota como essa, de vestido vermelho, sapatinhos trançados, olhar sedutor, um cruzar de pernas estonteante!
Ah se em 63 eu fosse vivo! Daria cores a minha imaginação!
Hoje, somente a alma sobrevive, sobrevivendo na saudade de um passado que nunca teve o prazer de conhecer, mas que mesmo nunca o tendo conhecido, carrega em si um disparate de saudades justamente por não ter vivido, mas ainda assim sentindo.
Andar pelas ruas em uma tarde fria, olhando as pessoas olharem para as curvas da sua garota, e ao invés de ciumes, sentir orgulho, ou simplesmente estar ao lado de algo com um vestido vermelho tão sublime que arranca olhares por onde passa, quando está vindo, fazer olhares se aproximarem, ao estar passando faz olhares cruzarem, ao passar faz suspiros serem soltos no ar .
Em frente a praia, tocava Dinah Washington, para celebrar a sua ida ao céu, e o teclar do piano, apesar de alegre, só deixava aquela tarde fria, ser bela por uma forma tão triste , era a beleza de um tempo, que se fazia dançar, não importando o tempo, nem a circunstância da forma que s tocava a melodia, era beleza aos olhos somente p pela beleza do tempo.
Assim se foi, algo que cinquenta e um anos depois voltaria a ser belo, pela saudade que deixou curar na tempo, que agora explode com a força de um piano, dentro dos corações dos saudosistas, voltar no tempo não podemos, mas viver lembrando ele, resgatando o que tínhamos durante ele, isso nunca ira morrer, será sempre o passado que no presente agora já futuro nos mata por dentro.
Ao tentar resgata-lo, aprendemos que não precisa ter vivido algo para sentir como ele é ou foi, o tempo por mais que destorça os anos e as coisas, será sempre o mesmo tempo, quem vai mudar durante ele somos nos, nosso corpo, nossa beleza física, porem nossa alma estará intacta, mas não imune a saudade, pois é ela que vai entrar nos nossos corações e nos morder por dentro, até que sejamos capaz de escrever ou ter algo que foi parte do passado.
Dessa forma, uma menina ao meu lado, por nome de Corvette, seria simples e puro.
Nada mais a desejar nesse momento.
Pedro Callou.