Paulo Ricardo Zargolin
A concepção de estereótipos está relacionada ao fato de que, desde cedo, embutimos nas crianças coisas que meninos fazem, e coisas que meninas fazem.
Um dos estudos mais interessantes trazidos pelas correntes pedagógicas tange à compreensão da aprendizagem e do ensino como processos que, antes de tudo, envolvem a interação de sujeitos e as relações entre o sujeito e a realidade.
A Filosofia busca a saída (...) desse mundo ilusório e controlador no qual nos reconhecemos, por meio da reflexão, do diálogo, do desenvolvimento da criticidade e outras acuidades tangíveis ao papel questionador do sujeito livre da alienação.
Ensinar é agir com afeto, mostrando à criança conhecimentos a serem investigados e despertando seu interesse para um mundo repleto de possibilidades.
Os pais também são professores, na realidade, os nossos primeiros professores. São eles que nos auxiliam no “desenrolar” das primeiras palavras, a dar os primeiros passos, ensinar o caminho da escola, a amarrar os sapatos, o nome dos nossos familiares, entre outras milhares de coisas.
A presença educativa do professor é indispensável na vida de todos, pois é dele o papel de desenvolver as nossas habilidades, concretizar os nossos aprendizados e ainda nos preparar socialmente e profissionalmente.
Os processos educativos não ocorrem somente na escola, mas em todas as instituições e atividades humanas.
A informática e a internet auxiliam e integram, a partir de suas amplas funções, um processo de construção, estabelecendo um ritmo virtual ao aprimoramento de conceitos, à realização de questionamentos e à mediação dialética.
As pessoas ainda procuram seus deuses nos fenômenos naturais; apesar de conhecerem a realidade demonstrada pelas Ciência, o pensamento místico-dogmático, trazido, principalmente, pela religião, ainda é muito comum e está impresso nas ações humanas.
Exemplo disso é a máxima: "vamos cuidar do planeta para ficar de bem com Deus". Não podemos, em absoluto negar a espiritualidade humana, que nos impulsiona a ter "fé naquilo que não conhecemos", contudo, esquece-se de que "devemos cuidar do planeta para que haja a possibilidade de manter a vida que ele nos proporciona, a partir de suas características propícias para este fim".
Considerando a Via Lácetea como nosso Lar; a Terra seria um dos cômodos de nossa morada, haja vista que há milhares de planetas e estrelas no caminho leitoso e que nosso esferóide é apenas um corpo celeste entre tantos outros, o único em que é conhecida a existência de vida.
Tudo o que sinto dentro de minh'alma vivo graças a um pequeno sonho que me coroou como seu dono.
(Tradução - Déjame, Miranda!)
Como é difícil esperar. Ter esperança é um ato de sublimação. Aprendi que não sou sublime. Sou imediatista, porque o mundo é para quem faz, quem quer, quem vai. Fui.
Amar é como cozinhar: ou você tem dom ou sabe seguir bem as receitas. Do contrário, tudo passa do ponto, e você será obrigado a procurar um fastfood na beira da estrada.
Para muitos, sexualidade, religião e etnicidade são critérios para distinguir o bem do mal, o mau do bom, o feio do belo. Cada sentença sem cabeça!
Diferente do passado e do futuro, que são, por natureza, intocáveis, o presente é repleto de sensações e emoções vívidas que aparentam durar a eternidade, mas morrem brevemente...
"Ser ou não ser" não é uma dúvida shakespeariana, é uma constatação da complexidade humana, onde, ora somos os mocinhos; outrora, os vilões.
Há um lado vil dentro de cada um de nós. Pobre de quem não consegue enxergar isso ou mesmo negligencia o fato, achando-se abençoado por Deus com uma ultra-convergência luminosa ao bem.
Todos buscam ser bons, é bem verdade. Muita gente consegue ter uma representação deveras favorável nesse sentido, mas a vilania continua lá, intrinsecamente escondida em seu âmago.
Ser bom ou ser mau não é uma escolha. São caminhos que se fundam sobre uma só estrada: a da energia.
Mesmo conectados, ainda estamos na caverna, que pertence a um mundo, embora virtual, muito tátil e sensível. É preciso abstrair, refletir, entrar no plano das ideias e entender que Facebook & Cia não têm compromisso com a realidade.
Gostar de alguém causa cegueira; defender esse alguém, paixão. Não gostar de ninguém causa amargura; destruir os outros por falta de amor, sofreguidão.
Ser solidário não é defender uma causa esperando colher os frutos; mas, sim, espremer o suco com suas próprias frutas e ficar feliz por todos estarem bebendo.