Paulo Henrique Martins Seixas

Encontrados 10 pensamentos de Paulo Henrique Martins Seixas

Amores

Qual teria sido amor?
Eu me deparo com uma extensa lista
De amores que se apagaram mais rápido que uma estação
Mas que se estendem em memórias como um laço inacabado

Fico entre um contraditório
De que os meus amores terem sido tão superficiais
Mas de terem permanecido no meu pensamento em dias tão distantes.

Minha cabeça fica um grande nó
E o meu coração uma grande festa
Que se sente em direito de reclamar todos esses amores como legítimos e não extintos.

Pode-se imaginar a bagunça dos meus sentimentos
Em não conseguir medir essas grandezas em proporções razoáveis
Deixando que eu me torne um amante de 6 amores
Mas um solitário de nenhum abraço apertado

(Paulo Seixas)

Inserida por paulo_seixas

Parece impossível encontrar alguém que tenha os parâmetros que eu busco, e ao mesmo tempo é tão egocentrismo atribuir parâmetros. Mas é que não saberia viver com alguém sem intensidade, intensidade nas conversas, na música, no olhar, no abraço, no beijo, ... A intensidade é o que me dá energia, é o que me faz diferenciar cada dia, porque cada dia é único. E além de toda essa intensidade, ser alguém que não prenda minha liberdade, porque ela não é uma ameaça, ela é a chave da minha alma. Ser livre é não se limitar aos padrões de outro, é ser você por você.

Inserida por paulo_seixas

Culpado Eu

Culpado sou eu de não seguir paradigmas domesticados
Em não seguir diretrizes alinhadas a uma conduta esperada
Culpado sou eu de ser um ser livre como a fuligem espalhada pelo vento
De ter a mente aberta a experiência de viver vontades polêmicas

Culpado eu? De ser apenas eu?
De me sentir no direito de minhas próprias escolhas
E revirar o momento em busca da experimentação plena
Culpado de ser apenas o que eles gostariam de ser, mas não tem coragem

Logo eu, notoriamente desafiador de regras
Eu que mesmo imprudente não me arrependo de nada
E que mesmo impulsivo, nunca feri ninguém
Logo eu, culpado de ser quem sou

Mas logo eu, julgado por tantos
Sou o primeiro a estender as mãos ao libertado
O agora libertado que antes fora meu opressor
A supri-lo com todo meu amor.

Inserida por paulo_seixas

Vazio Poético

As palavras se esvaziam da mente
Como um copo de água em dias quentes
A sonoridade poética silencia a alma e desinquieta o coração
São dias difíceis ao poeta que se lamenta e se renova em seus escritos
Em que a criatividade se distancia e suas emoções se perdem na dor
A dor de estar no vazio poético.

Inserida por paulo_seixas

Liberdade

Quem és tu liberdade?
Que tanto ouço falar e nunca sequer a toquei
É de pura matéria ou pura ilusão?
Ilusão que disfarça minhas correntes
Ou matéria que se desfaz nas minhas mãos?

Essa independência íntima sem violação
Esse pulsar de serenidade que acalma o coração
Liberdade, liberdade, liberdade
Quem és tu que não destranca minha prisão?
Essa detenção que se espalha na minha capacidade

Oh liberdade, porque se escondestes de mim?
Liberte a minha mente de todas essas angústias
Faça de mim um ser livre de negatividades e opressões
Inocenta minha alma com sua doce sensação.

Inserida por paulo_seixas

Jardim de aparências
Seremos apenas rosas destroçadas
no meio a um jardim florido e feliz
Seremos rosas espinhosas e venenosas
em meio a pétalas tão cheias de elegância
Mesmo a minha mais singela doçura
Aparenta ser tão amarga diante a beleza do outro
E meus traiçoeiros espinhos se aparentam tão maiores
São tratados como um câncer das flores
Eu sei que neste jardim não há rosas perfeitas
E sei que não existem espinhos fatais
Mas a minha autodestruição sabota minha imagem
A alegria das outras ainda me condena no olhar.
Talvez seja eu o condenado e o condenador

@paulorecita

Inserida por paulo_seixas

⁠O amor acende tudo, até corações apagados .
O amor se aquieta e desperta a gente .

Inserida por paulo_seixas

⁠Infinito é o ego
Infinito é o ego que acorrenta nossas vontades
que afina nossas palavras
que redimensiona nosso olhar
Infinito é o ego que nos veta do amor singelo
Mascarado por uma preferência social
E se finito fosse o ego que nos prende?

Inserida por paulo_seixas

⁠Sou loucamente delicado e agressivo
Sou rio e sou vulcão
Sou selva de pedra e maré aberta
Sou estável e mutável
Sou contrários e contraditórios
Sou amor manso e desejo enfurecido.

Inserida por paulo_seixas

Entre paredes

⁠Eu perguntei para ela: Qual seu nome?
Ela, para minha surpresa, não respondeu
Paredes não falam
Paredes escutam, mas paredes não julgam
Eu perguntei para ela: Porque sou tão errado?
E ela, para minha infinita surpresa, me respondeu com um grato silêncio.
Paredes são sábias.

Inserida por paulo_seixas