Paulo Francis
Dizem que escrever é um processo torturante para Sarney. Sem dúvida, mas quem grita de dor é a língua portuguesa.
Os baianos invadiram o Rio para cantar "Ó, que saudades eu tenho da Bahia...". Bem, se é por falta de adeus, PT saudações.
Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incumum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado.
Eu gostaria de ser o fantasma do Metropolitan Museum, escondido durante o dia e saindo à noite para olhar o que há.
Gosto que me leiam e saibam o que acho das coisas. É uma forma de existir. Trabalho é a melhor maneira de escapar da realidade.
''Eu acho esporte uma das coisas mais chatas que o ser humano já inventou. Se os brasileiros se interessassem UM DÉCIMO (1/10 ou 10%) por política como se interessam por futebol, nós teríamos um país bem diferente e melhor''.
-Programa Manhattan Connection, GNT
''Fui iniciado por uma empregadinha doméstica. Tinha o mesmo nome de minha mãe: Irene. Freud explica.''