Paulo Coelho (O Aleph)
Não estou em paz, vez por outra entro em grandes conflitos comigo mesmo, que podem durar meses. E os momentos em que mergulho na percepção de uma realidade mágica duram apenas alguns segundos. O suficiente para saber que este outro mundo existe, e o bastante para me deixar frustrado por não conseguir absorver tudo o que aprendo
Eu sempre tentei descobrir meus limites e até agora não consegui chegar lá. Mas meu universo não colabora muito, continua crescendo e não me ajuda a conhece-lo por inteiro.
Quando estamos diante de uma perda, não adianta tentar recuperar o que já se foi, é melhor aproveitar o grande espaço aberto e preenche-lo com algo novo. Teoricamente, toda perda é para nosso bem...
E era isso mesmo que eu queria. Se eu acreditasse que iria vencer, a vitória também acreditaria em mim. Nenhuma vida está completa sem um toque de loucura.
...mas eu sabia que já éramos como as nuvens que se juntam nos céus e não se consegue mais dizer onde começa uma e acaba a outra.
Que continue assim, porque isso é a única coisa que sempre nos salvará, independente dos erros cometidos. O amor é sempre mais forte.
A menina perdoa. Não porque virou santa, mas porque já não aguenta mais carregar este ódio. Odiar cansa. Não sei se muda algo no Céu ou na Terra, se salva ou condena minha alma, mas estou exausta e só agora entendo isso.
Deve ter sido a tarde, deve ter sido a luz, mas naquele momento o Universo parecia finalmente entrar em harmonia.
Elas merecem ser castigadas por tudo o que grande parte das pessoas ali deixou para trás na juventude, ou nunca conseguiu alcançar. Vinguemo-nos então da beleza. Vinguemo-nos da alegria, dos risos e da esperança. Em mundo como esse, não há lugar para sentimentos que comprovam que todos nós somos miseráveis, frustrados, impotentes.