Paulo César Camurri - Brasil 2017.
Meu tempo esgotou-se, minha missão foi cumprida. Algo me prendeu, me aprisionou a alma.
Aqueles que deveriam ser comigo, só compreenderam as próprias dores! Isso não me importa mais!
Tanto faz morar na rua, estar empregado, vestido ou nú. Agora entendo o que fez do homem um andarilho.
Não creio no verbo crer! Quisera a ingenuidade, sonhadora e fútil dos meus semelhantes, mas tudo que contemplei foram cérebros rumos ao pó.
Oh! humanidade movida por interesses pessoais o que será de ti?
Alegram-se e preocupam-se, não com a coletividade, mas com a dor daqueles que discordam dos seus prazeres mais íntimos.
Vocês são apenas bajuladores de si próprio!
Será amor e felicidade? ou será apenas comodidade e momentos de concordância entre egos?
Devo Eu fingir demencia a tudo isso, para fazer parte desse clube?
Dar um fim a própria vida num ato covarde, ou ver os meus dias se passarem, a envelhecer sem contestar?
A verdade que liberta nunca foi doce.
Ah vida! jas o tempo do sorriso sem preço e tudo que me alimenta agora, é a solidão da alma.
Poema em versos pessimistas.
(Autor: Paulo César Camuri - 2017).