Paulo Cerqueira

Encontrados 9 pensamentos de Paulo Cerqueira

O sol nasce para todos, mas nem todos nascem para o sol; pois encobertos pela violência da noite, milhares morrem, sem ver o dia amanhecer.

Inserida por paulocerqueira

Para os cristãos, a morte significa um encontro com Deus;
então por que ninguém se atira do precipício para encontrá-lo? Incerteza? medo? Nessas horas denota-se que nossa fé não é o suficiente para tal sacrifício e que por natureza somos todos ateus.

Inserida por paulocerqueira

A vida do homem na terra não depende de deuses, ou demônios; e sim dom próprio homem.

Inserida por paulocerqueira

Não existe vida após a morte; existe vida após a vida.

Inserida por paulocerqueira

Um bom hospital é a última instância, quando as orações e a fé não conseguem extirpar uma moléstia.

Inserida por paulocerqueira

A cabeça de um ateu fuciona mais ou menos como a de um crente.
O diferencial é que o ateu enxerga mais longe, enquanto o crente é quase míope.
Ambos raramente mudam suas convicções.

Morrer é tão natural quanto nascer.

Inserida por paulocerqueira

⁠A lenha ao queimar, se transforma em cinzas, ora, as cinzas são os restos vegetais da lenha. Não é mais a lenha que está no fogo; apenas a cinza que foi da lenha.
Quando você morre, seu corpo se transforma e entra em decomposição; não é mais você que está no cemitério, apenas os restos mortais que foi seu.
Por isso, com exceção a velórios, não vejo motivo para ir ao cemitério. Não há nada meu lá.

Inserida por paulo_cerqueira_1

⁠ELA
Caminha sutilmente...
Com a sua foice, afiada.
No rosto, um desejo ardente
De um viver diário, cansada.
Não tem alma, nada sente,
Apenas cumpre seu mandado.
Vem, megera desnaturada!
Traz trevas com o seu véu negro.
Do necrotério, ceifa a madrugada;
Ao coveiro, descreve teu enredo.
À sepultura, finca tua morada;
Ao cemitério, conheces em segredo.
Vem, dama negra impiedosa...
A cintilar feito um vagalume,
A deixar a vida bailar, invejosa,
E o cadáver a escorrer necrochorume.
A executar tua obra, caprichosa,
E a germinar larvas como no estrume.
Então vem... que te esperamos...
Tanto o preto quanto o branco,
E todos que sucumbirão à navalha.
Pobre, rico, andarilho ou manco,
Ambos vestirão a mortalha.
E não adianta apego ao santo,
A morte não goza férias...
É a operária do além que mais trabalha.
Paulo Cerqueira

Inserida por paulo_cerqueira_1