Paulino Cavala
Só seremos grandes apreciadores das qualidades de outrem, quando os nossos olhares sardónicos sofrerem um desvio autêntico aos olhos e ao rosto do ser de outrem... Então sobrevirá o olhar apreciador e despretensioso.
‘’FRONTEIRAS DO AMOR’’
AS FRONTEIRAS DO AMOR CHAMAM POR MIM PARA QUE EU DESABROCHE O MEU ‘’EU’’
AS FRONTEIRAS DO AMOR PEDEM-ME PARA AMAR O PRÓXIMO E NUNCA ESQUECER O SALVADOR
AS FRONTEIRAS DO AMOR DIZEM QUE A SOLIDEZ DE QUEM QUER SER FELIZ NÃO ESTÁ NA VONTADE DESTA MESMA QUERENÇA, MAS AOS SENTIMENTOS QUE O CONCRETIZARÃO.
AS FRONTEIRAS DO AMOR DIZEM-ME AINDA: NUNCA TE PROSTRES DIANTE DE DISSIMULADOS, MAS DIANTE DO TEU DEUS FARÁS O QUE PUDERES PARA O EXALTARES.
POIS O SEU AMOR E A SUA PROFICIÊNCIA SÃO INSONDÁVEIS E EXTASIANTES QUE SARAM TODAS AS MÁGOAS DA ALMAAS FRONTEIRAS DO AMOR DIZEM: TAL COMO AS ÁGUAS DO MAR E DO RIO, AS PALAVRAS DO SENHOR JORNADEAM AS MAIS DISTINTAS REGIÕES.
MAS É PRECISO RECONHECELAS E ACEITALAS PARA A NOSSA ETERNA CONFIANÇA NO SEU AMOR.
AS FRONTEIRAS DO AMOR DIZEM-ME DE UMA FORMA EPÍTOME QUE NUNCA DEVO RESIGNAR, E NUNCA OSCILAR NO QUE BEM-FAÇO EM NOME DE TODOS.
AMAR O AMIGO E O INIMIGO É A FEIÇÃO DE DIZIMAR O PRIMÓRDIO DE TODOS OS MALES DA NOSSA ALMA.
AMAR E SER AMADO É EVIDENTEMENTE O MAIOR DESEJO DA ALMA. MAS SE NÃO ÉS AMADO NÃO DEIXES DE AMAR, POIS ESCASSAMENTE ALGUÉM NUNCA DEIXOU DE TE AMAR.
O decaimento avassalador é aquele que nos faz cair pela segunda vez e o motivador é aquele que nos faz levantar pela primeira vez.
Pedras enrugadas são lançadas
Sobre o meu árido ser
Onde estás oh! Meu não ser?
Preciso de ti para ser
Roubado de mim é o meu ser…
Se o mundo estendesse as mãos em direcção aos necessitados, não haveria espaço para pedidos renegados.
Criança. Ser cândida
Criança
O adorno do jardim indesejado pelo seu possessor
O ser candente espelhada na bondade de um ser seguidor e perpétuo na firmeza
Criança: sorriso reflectindo o amor de Deus para com os homens
É o nosso gesto de caridade e de irmandade,
Que faz sobrevier a luz do sol na opacidade
O nosso amor caído para segurar a mão de quem carece.
De volta à casa
Almas vividas de nostalgias
De volta a casa
Sou eu quem caminha
No ver do afogo de quem
Não tem farpela para vestir
Sua pobreza, nem tesouros
Para trajar as suas premências
Quem é digno então
De receber a dignidade?
De amealhar do Ser irrepreensível
Sem atentar a amargura?
Sou eu quem jornadeia
Mas, jamais caminhei pelo caminho
Pela mente caminho, guarnecido
Da análise do ser execrado
A dor intensa não é a da facada que permanece em nós, mas a da facada que é imediatamente retirada de nós.
A permissividade do meu coração à paixão deixou-me permissivo às lágrimas e aos sorrisos resultantes da angústia de não declarar a verdade que converteria essa paixão em amor.
Não devemos simplesmente achar que o pensamento cabe aos pensadores, pois assim nunca saberemos se eles são normais ou não.