Paul Auster
Para mim, o maior ato de fé, é olhar no espelho da palavra de Deus, e ver todas as minhas falhas, todos os meus pecados, todas as minhas deficiências, e acreditar que Deus me ama, exatamente como ele diz que ama. Ele realmente ama, você é amado, se você está em Cristo.
O mundo é tão imprevisível, coisas acontecem de repente, inesperadamente, e queremos sentir que estamos no controle de nossa própria existência. Em tantas maneiras não estamos. Somos governados pelas forças do acaso e coincidência.
O mundo é guiado pelo acaso. A contingência nos persegue todos os dias de nossas vidas, e essas vidas podem ser tiradas de nós a qualquer momento.
A vida se transforma em morte e é como se essa morte tivesse possuído essa vida o tempo todo. Morte sem aviso. Em outras palavras: a vida pára. E pode parar a qualquer momento.
O mundo ricocheteava nele, se espatifava de encontro a ele, às vezes aderia a ele - mas nunca entrava.
Os governos sempre precisam de inimigos quando não estão em guerra. Se você não tem um inimigo real, inventa um e espalha a notícia. Isso apavora a população, e quando as pessoas estão apavoradas, tendem a não sair da linha.
Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.
A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se em solidão, lê-se em solidão e, apesar de tudo, o ato de leitura permite uma comunicação entre dois seres humanos.
É apaixonante ver como o trabalho realizado em solidão se transforma numa experiência partilhada com muitíssimas pessoas que convergem num mesmo ponto.