Patrick Paulo
Impressionante como algo básico feito a simetria fala muito sobre a vida, teorias como a de kepller perdem a credibilidade por não haver simetria. A lua deve estar oposto ao sol, as constelações com todas as estrelas, um homem com uma mulher, ai então há harmonia, há vida, esperança de um novo recomeço, quem me dera tudo fosse tão fácil assim como a simetria. O problema é quando as pessoas tentam abalar a simetria natural da natureza, é como tirar uma estrela da constelação, ela se tornaria apenas um emarenhado de estrelas, portanto não nos seria mais útil para posicionamento, como tirar a lua, e toda a noite sofrermos em escuridão profunda, como tirar de um homem a mulher que ele ama mais que tudo, e então um coração que outrora fora cheio de amor pulsará apenas ódio..
Como uma estátua simétrica, pesada demais para ser levada pelo vento, leve demais para afundar no esquecimento, pura demais para ser amaldiçoada, sombria demais para ser iluminada, um exemplo símples e suficiente da simetria, obra de algum Deus bondoso.
O viajante imóvel se foi, partiu sem deixar vestígios de suas obras encarnais, e tudo que fizera durante a vida, não durou mais um mortal momento se quer. Apenas sumiu, em meio aos escombros, já familiares para aqueles chamados para a outra vida, algo além da compreensão, uma ultima memoria. Fitávamos um ao outro no 3 andar, criaturas feitas por deuses diferentes, um sabio, e um nefasto, juntos fariam algo, algo para se arrepender para uma vida, juntos escalariam as paredes da solidão. Descobrindo assim novos sentidos, iluminados por um padrão descomunal, e como musica de fundo, o simples gotejar de uma torneira, fazendo uma poça em uma pia fria e entupida de sujeira, sentimentos impuros não contam, pois no fim, todos voltam para seus lugares, rei ou servo, nada há de sobrar, apenas o gotejar para o soneto não acabar. E assim, seguir em frente ou atras, os destinos ja estão ligados, assim como as constelações, algo para uma morte dedicar, seria uma última praga para rogar, antes de sua desgraça chegar, simetria já não existe, pois não enxergamos por enteiro, nosso andar é cansativo, cansados de ir ao mesmo lugar e recomeçar, dormir com o delírio virou algo para se pensar, apesar dos tantos verões a frente, queremos algo para enxergar, para mudar o rumo das coisas, abrir a torneira, e ver a água transbordar..