Patrick Figueiredo

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Vamos falar de solidão

Com a chegada da noite ele se sente só, dividindo segredos com as estrelas, tentando tirar o peso das costas, dividir com alguém a culpa de estar sozinho. Ele tenta abrir seu coração, mas não há nada a ser contado, nada de bonito para dizer. Nas noites em que não há estrelas só lhe resta as lágrimas, salgadas, que caem no chão como pequenos pedaços de um coraçao partido.
Quando o dia nasce, ele toma um banho, já desanimado, e sai a procura de algo que nao e dele.Cai a chuva, as gotas tocam-lhe como pedras caindo do céu, a sua vontade é de correr para qualquer direção, fugir de tanta solidão.
Algumas amizadestentam lhe reanimar, mas ele não vê motivo algum para voltar a sorrir. Na sua boca, em cada frase, o gosto amargo das mentiras...mas no fundo ele sabe que a solidão não é, nada mais, do que aquilo que ele cativou. O que lhe dói é a verdade de saber que se ele está sozinho a culpa é dele, e de mais ninguém.
A solidão é uma divida consigo mesmo, onde só você poderá quita-la, nem a pessoa que mais lhe ama no mundo poderá te ajudar. E ele, aos poucos deixa de existir, ele tenta não se culpar, mas ele nao passa de um "guerreiro morto sem feridas", ele não passa de nada, ele é um nada sem ninguém, ele é apenas mais um solitário no mundo...

O Aventureiro
Um aventureiro entrando em uma mata desconhecida, e sem saber o que fazer. Desesperado e iniciante o rapaz aventureiro começou a abrir caminhos entre galhos e espinhos. A chuva cai, o vento sopra, trazendo a dose necessária de angústia e de medo.
Após um tempo, cansado, pensou em desistir, mas algo dizia que ele não podia parar, que ele não poderia deixar a escuridão alcançar o seu coração.
O pobre aventureiro resolveu secar as lagrimas e seguir em frente. Em pouco tempo uma surpresa: ele se deparou com uma bifurcação. E agora? O que fazer? Eram as perguntas que assolavam o seu coração.
O rapaz jovem e inexperiente em tomar decisões rápidas, tentou olhar o mais longe de cada opção. Mas isso, de nada adiantou, pois era impossível observar o fim da linha.
O aventureiro caiu em um mar de duvidas, e nesse caso, não sabia pra onde remar, e para onde ele ia a maré o levava para o lado oposto. Foi quando ele se deparou de frente para uma só reta. Então ele seguiu.
A decisão foi tomada pelo coração, uma decisão inexplicável, sem motivo aparente. Mas, o aventureiro reparou, que não era o caminho mais fácil, porém era o caminho a ser seguido. Havia muitos obstáculos a serem superados, alguns mais simples e outros razoavelmente impossíveis de resolver.
Com o passar do tempo ele pode ver que não era um caminho tão difícil de seguir, e que todos os obstáculos faziam parte daquela estrada.
Quando o pobre aventureiro já não agüentava mais, ele reparou que chegou ao fim da linha. Era um precipício, e, diante do precipício havia uma flor, talvez uma espécie conhecida, mas desconhecida ao mesmo tempo. Uma flor que raramente é encontrada por todos os aventureiros. O nome dessa flor é simplesmente: verdadeiro amor.
A mente do aventureiro ficou confusa, ele se perguntava, por que uma flor tão linda diante de um precipício. E a sua própria mente lhe respondeu: - Pois só com essa flor, você poderá voar.