Pablo G. M.
Nada mais satisfaz o meu ser neste mundo... Pois procuro o tesouro mais valioso que existe, a pérola mais preciosa que alguem pode encontrar.
Anseios
Triste menina,
Teu olhar é como a obscuridade da noite
Um olhar tão calado,
Um olhar que oculta,
Parecem aprisionados... Levante-os!
Olhe em direção a mim!
Pois,
Quando admiras,
Passa a existir uma luz que rasga as trevas,
Dissipando tudo o que te aniquila.
Mas,
O que contém além da tua visão?
Se eu soubesse dos teus sentimentos,
Navegaria nesse oceano de águas tenebrosas,
Somente para compartilhar dos mesmos anseios.
Sei quem és
Se eu soubesse seu nome...
Mas sei como se chama o teu olhar;
Estrela é o seu nome,
Pois, seu brilho é pleno e radiante
Quando contempla o meu céu.
Se eu soubesse seu nome...
Mas sei como se chama a tua boca;
Tentação é o seu nome,
Pois, são como um labirinto
Onde a minha boca
Anseia por se perder.
Se eu soubesse os seus mistérios...
Saberia, quem realmente é;
O que pensas...
O que desejas...
Mas como sei,
Que jamais saberei
Quem é;
Conformo-me em saber
Que você tudo oculta
Por nada dizer.
Ser essência
Seja sempre a sua essência
Pois ela é a perfeição
Não desejes ser o que querem que você seja,
Mas, seja aquilo que verdadeiramente és...
A imagem e semelhança de Deus.
Pois, se não fores,
A iniqüidade te consumirá.
Olhar
Olhar que tudo percorre,
Olhar que sente,
Olhar que adentra,
Olhar íntegro de segredos.
Olhar...
O seu olhar diz tudo daquilo que não revela.
Sofrer?
Amargura...
Ilusão?
Limite?
Porque sofremos?
Mesmo que não ansiemos
Ele sempre peregrinara em nosso caminho.
Como é experimentar o que não é sentido?
Se não me conheço,
Talvez já não exista mais...
Se já não anseio por existir,
Talvez resolvesse renunciar
A caminhada sem fim, com a dor.
Liberdade
O que é ser livre?
Consistir em...
Estabelecemos nossos desígnios?
Nossas decisões?
Nossos estilos?
Nossos pensamentos?
Nossos sentimentos?
Comandamos a nossa própria história?
Quem nos extraiu o livre-arbítrio?
Será que foi Aquele que nos ofereceu?
Ou fomos nós próprios?
“A libertinagem nos roubou as virtudes da liberdade”.
Além dos olhos
Alguma coisa em mim,
Ambiciona a matéria...
Aspira apegar-se ao que é temporário;
Mas, porque colher frutos podres?
Alguma coisa em mim,
Anseia por aquilo que não vejo...
Deseja admirar a sua face. Que face?
Mas, porque o invisível?
O que fazer?
Contemplar aquilo que nossos olhos enxergam?
Ou imaginar enxergar o inimaginável?
“Tudo passa”.