Biografia de Oswaldo Montenegro

Oswaldo Montenegro

Osvaldo Viveiros Montenegro nasceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de março de 1956. Filho de músicos, logo cedo teve contato com a música, assistindo as serestas que aconteciam em sua casa.

Venceu um festival de música com apenas 13 anos. Fez seus primeiros shows aos 17 anos, tornando-se profissional e iniciando várias parcerias. Teve contato com a música erudita nos concertos do Teatro Nacional. Compôs algumas peças de teatro.

Discografia:

Sem Mandamentos (1975)

Trilhas (1977)

Poeta maldito... Moleque vadio (1979)

Oswaldo Montenegro (1980)

Asa de Luz (1981)

A Dança dos Signos (1983)

Cristal. Trilha sonora da peça (1983)

Brincando em cima daquilo (1984)

Drops de Hortelã. Oswaldo Montenegro e Glória Pires (1985)

Os Menestréis (1986)

Aldeia dos Ventos (1987)

Oswaldo Montenegro ao vivo (1989)

Oswaldo Montenegro (1990)

Vida de Artista (1991)

Mulungo (1992)

Seu Francisco (1992)

Aos Filhos dos Hippies (1995)

O Vale Encantado (1997)

Noturno (1997)

Letras Brasileiras (1997)

Aldeia dos Ventos. Arte em Construção (1998)

A Dança dos Signos 15 anos (1999)

A Lista (1999)

A Lista. Trilha Sonora do Musical (1999)

Letras Brasileiras ao Vivo (1999)

Escondido no Tempo (1999)

Telas. Só Para Colecionadores (2000)

Entre uma Balada e um Blues (2001)

A Lista (2001)

Estrada Nova (2002)

Letras Brasileiras II (2003)

Aldeia dos Ventos (2004)

Ao Vivo - 25 anos (2004)

Léo e Bia 1973 (2005)

A Partir de Agora (2006)

Intimidade (2008)

Quebra-cabeça Elétrico (2009)

Canções de Amor (2010)

Acervo: 97 frases e pensamentos de Oswaldo Montenegro.

Frases e Pensamentos de Oswaldo Montenegro

METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro
libreto da peça “João sem Nome”. 1975

Nota: Música "Metade". A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar.

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A Lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro

Nota: Música composta por Oswaldo Montenegro e publicada em 1999.

E que a minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor e a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

Nota: Trecho da música "Metade", composta por Oswaldo Montenegro.

Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança...

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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