Orgulho e Preconceito
– Não tem nenhuma compaixão pelos meus nervos? – diz a esposa.
– Está muito enganada, minha querida. Tenho o maior respeito por seus nervos. São meus velhos amigos. É com consideração que a ouço mencioná-los há vinte anos, pelo menos.
(Jane Austen)
Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente.
São muitos os meus defeitos, mas nenhum de compreensão, espero. Quanto a meu temperamente, não respondo por ele. É, segundo creio, um pouco ríspido demais… para a conveniência das pessoas. Não esqueço com facilidade tanto os disparates e vícios dos outros como as ofensas praticadas contra mim. Meus sentimentos não se manisfestam por qualquer coisa. Meu temperamento poderia talvez ser classificado de vingativo. Minha opnião, uma vez perdida, fica perdida para sempre.
O meu amor e os meus desejos permanecem inalterados.
Mas basta uma única palavra sua para que nunca mais lhe fale no assunto.
Seus companheiros de viagem não era capazes de fazer empalidecer a lembrança do senhor Wickham. Sir William Lucas e sua filha Maria, moça bem-humorada mas de cabeça tão oca quanto o pai, nada tinham a dizer que fosse digno de atenção, e o que eles falavam produzia em Elizabeth o mesmo prazer que o arrastar de uma cadeira.
Se os seus sentimentos ainda são os mesmos de abril, diga-me. Minha versão e meu desejo ainda são os mesmos...
A reflexão deve ser reservada para momentos solitários; assim que fico sozinha eu volto a refletir; e não passo um dia sem meus passeios solitários, durante os quais posso me permitir toda a delícia das recordações desagradáveis.
(Jane Austen)
Mas confesso que a mim nada disso me encanta. Prefiro infinitamente um livro.
(Jane Austen)
Era necessário deixar suas reflexões para as horas solitárias. Sempre que se encontrava sozinha, entregava-se a elas com alívio.