Omar Khayyám

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Nessa encruzilhada do desejo e da necessidade, não deixes nada: não voltarás lá nunca mais.

Afeto, amor, compreensão - eis os alicerces da vida.
Escrevemos com amor o poema da adolescência.
Com a música do amor, orquestramos a grande canção da existência.

E tu, cético diante da ternura,
impermeável ao sentimento,
aprende esta verdade:
A vida é Amor, e nada mais!
(Rubáiyát)

Ah, encha a taça: - de que vale repetir
Que o tempo passa rápido sob nossos pés:
Não nascido no amanhã, e falecido ontem,
Por que angustiar-se frente a eles se o hoje pode ser doce?

" Move-se a mão que escreve, e tendo escrito, segue adiante; Nem toda a tua Piedade ou o teu Saber a atrairão de volta, para que risque sequer metade de uma linha; Nem todas as tuas Lágrimas lavarão uma só de tuas Palavras. "

Se uma rosa guardaste, no teu coração,
Se a um Deus supremo e justo endereçastes
Tua humilde oração, se com a taça erguida
Contaste um dia o teu louvor à vida:
Tu não viveste em vão!

Considera com indulgência os que bebem até a embriaguez. Lembra-te de que tens defeitos maiores.

Subi a montanha para alcançar as estrelas, voltei invejando os cegos e surdos que encontrava no caminho.

Inferno ou Céu, do beco
sem saída
Uma só coisa é certa: voa
a Vida,
E, sem a Vida, tudo o
mais é Nada.
A Flor que for logo se vai,
flor ida.
(Ruabayat)

Uma rosa dizia: "Sou a maravilha do universo, * será possível que um perfumista tenha coragem de fazer_me sofrer?" *Um rouxinol cantou: "Um dia de felicidade prepara um ano de lágrimas"

Que a tua sabedoria não seja humilhação para o teu próximo. Guarda domínio sobre ti mesmo e nunca te abandones à tua colera. Se esperas a paz definitiva, sorri ao destino que te fere; não firas a ninguém.

Seja feliz neste momento. Este momento é a sua vida!

Se os que amam o vinho e o amor vão para o inferno, o paraíso deve estar vazio.

⁠Beba vinho, é tudo o que a juventude lhe proporcionará. É tempo de vinho, flores e amigos bêbados. Seja feliz nesse momento. Este momento é a sua vida.

Omar Khayyám
O Rubaiyat. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
Inserida por JeranDelLuna