O solitário
O que era pra ser para sempre
E quando dois destinos estão fadados ao fracasso. Como reconhecer aquilo que não se quer ver? Como nos contos de fadas, nas comédias românticas, nos romances "shakespearianos" em que duas almas se encontram, se acham no meio de tantas outras e se aproximam, pois algo de especial os une. Como acreditar que o mesmo destino que os uniu os distanciou? Como aceitar que em meio a tantas diferenças que apesar de marcantes foram deixadas de lado em nome de algo que se sentia, apresentou-se de forma tão relevante em tão pouco tempo? Ela combustível ele comburente, dois pares altamente inflamáveis que, assim como, quaisquer produtos químicos e elementos instáveis da natureza se tornaram incapazes de reverter uma reação que deu origem a um produto de gosto amargo, instável e que ao ser experimentado provocou efeitos adversos. Formou-se então um sentimento que ainda os machuca, os fere e que apesar disso é o que ainda os une. A decepção do adeus, a desilusão da mentira, o fracasso por não ter sabido reverter aquilo que deveria ter sido para sempre. E como nos dramas mais rebuscados cheios de altos e baixos onde o desfecho é em sua maioria o desencontro ou a morte daquilo que deveria permanecer vivo, se desencontraram, perderam a chance de provar não aos outros mas a si próprios que seria sim possível fazer brotar uma rosa no deserto.