O que vai, volta
Tomara que você me veja por aí e sorrindo. Comente com o amigo do lado que eu já fui sua e que você soube me perder mesmo sendo quase impossível. Comente que estou mais bonita, e espere seu amigo dizer que você perdeu uma garota incrível. E quando olhar para o outro lado, sinta só o vento entre os seus dedos onde os meus deviam estar encaixados. Tomara que você me olhe e torça para que o meu sorriso se desvie pra você, só pra você se lembrar do quanto ele já foi seu, e você, por uma tolice, deixou escapar. Eu quero que você me veja do outro lado da rua e eu nem olhe pra você, que você vá ao meu encontro e eu balance a cabeça te cumprimentando só por educação. E diga que eu sumi, que está com saudades, e eu olhe para o outro lado e fale que preciso ir, você me pergunta se pode me ligar, e eu digo que é você quem sabe, aliás, você sempre soube o que fazer, e nunca fez, você nunca se preocupou em ligar. E você me veja indo outra vez, como sempre aconteceu, eu sempre estive perto e você se preocupou em me ter em outro lugar, como segunda opção, logo eu que dizia não desistir de um babaca feito você. Para os outros não havia muito pelo quê lutar, mas pra mim sempre foi diferente, você era diferente… Só enquanto eu não me pegava sozinha chorando, sem nenhum sinal de vida seu. Eu sempre fui a boba da história e você o otário que achava que isso duraria o tempo que você quisesse. Você não vai perceber que meu coração ainda bate acelerado, e ao me ver andando sem você, fique contando meus passos, abaixe a cabeça e sussurre: é, eu perdi a minha menina.