O Fantasma da Ópera (livro)
Ninguém será um verdadeiro parisiense se não souber usar a máscara da alegria quando estiver triste.
... Para mim, é impossível continuar a viver assim, no fundo da terra, num buraco, como uma toupeira! Don Juan Triunfante [uma música que Erik compôs] está terminado, agora eu quero viver como toda gente. Quero ter uma mulher como toda a gente e iremos passear aos domingos. Inventei uma máscara que me faz ficar com o rosto de qualquer um. Não vão nem virar para trás. Você será a mais feliz das mulheres. E cantaremos só para nós, até morrer. Você está chorando? Tem medo de mim? No fundo, entretanto, eu não sou mau! Ame-me e verá! Só me faltou ser amado para ser bom! Se você me amasse, eu seria doce como um cordeiro e você faria de mim o que quisesse
...nunca ouvira nada neste mundo de mais suave, de mais insidioso, de mais delicado na força, de mais forte na delicadeza, enfim, de mais irresistivelmente triunfante”.
O Fantasma da Ópera existiu. Não foi, como muito tempo se acreditava, uma inspiração de artistas, uma superstição de diretores, a criação aloucada de cérebros excitados de donzelas do corpo de baile, das mães delas, das “lanterninhas”, dos funcionários do vestiário e da portaria”.
Frase retirada do Prólogo do livro.
“Por certas maneiras aloucadas que tinha tido, durante a cena, de me olhar, ou melhor, de aproximar de mim os dois buracos negros do seu olhar invisível, eu tinha podido mensurar a selvageria de sua paixão. Para não me haver tomado nos braços, quando eu não podia oferecer-lhe nenhuma resistência, era necessário que esse monstro fosse metade anjo e quem sabe, afinal de contas, ele não era um pouco o Anjo da Música, e quem sabe ele o tivesse sido inteiramente se Deus o tivesse vestido de beleza em vez de trajá-lo de podridão!”.