Notório Jhow
Entre a Luz e Ideias
No silêncio da alma, uma dúvida floresce,
Traiçoeira e sutil, como sombra a espreitar,
Ecoa em Shakespeare: "Medo de arriscar,
Nos faz perder o que poderíamos ganhar."
Caminho entre luzes de fé e de amor,
Um mandamento antigo ressoa no ar,
"Amem uns aos outros", a voz ecoa,
No coração sincero, a verdade há de morar.
Na busca pela vida, onde a existência é rara,
Pergunto ao mundo, o que significa viver?
Oscar Wilde sussurra: "Apenas existir,
É o destino de muitos, mas viver é florescer."
Quem é correto, nunca há de fracassar,
Suas pegadas na terra, lembradas serão,
Pois a justiça é uma chama que arde,
Na trilha da vida, um eterno clarão.
Nada há encoberto que não venha a revelar-se,
Nem oculto que não venha a saber-se,
Entre luzes e ideias, sigo o caminho,
Na esperança do porvir, onde a verdade há de brilhar.
Mas quem não se ama, não sabe amar,
Perdido nas sombras, sem luz para dar,
Enquanto eles riem por serem iguais,
Eu rio de volta, por trilhar outros sinais.
- Notório Jhow
As dúvidas que carregamos, embora muitas vezes assustadoras, são o motor que nos leva a buscar a verdade e a crescer como indivíduos. Questionar é essencial para evoluir.
Viver plenamente é uma escolha que poucos fazem. A maioria apenas existe, seguindo o fluxo da vida, mas viver com propósito exige esforço e coragem.
Sob o Véu da Normalidade
Sob o Véu da Normalidade
Na quietude das noites sem cor,
Onde o silêncio veste a normalidade,
Sussurram os pensamentos, com ironia e dor,
"Ser diferente é a verdadeira raridade."
Nas sombras que dançam sob a lua,
A alma luta contra a conformidade,
Duas faces, uma oculta, outra nua,
Entre o ser autêntico e a falsa vaidade.
Não lamente o que se perdeu pelo caminho,
A felicidade é uma sombra que não se detém,
Quando a sentimos, já está de passagem,
Um brilho fugaz, que não se prende a ninguém.
Há beleza naquilo que foge do comum,
Na vida vivida fora da moldura,
"Deus me livre de ser normal!", clama o coração,
Pois viver é desenhar caminhos na própria altura.
Na dualidade do existir, me perco,
Entre o que sou e o que esperam que eu seja,
Mas na diferença, é onde me enxergo,
Pois no incomum, minha alma se almeja.
E assim, rasgo o véu da normalidade,
Abraço a luz e a sombra em mim,
Pois na crítica à conformidade,
É que minha verdadeira vida tem início e fim.
A percepção de que a felicidade é efêmera pode nos ajudar a valorizar os momentos presentes, sem a expectativa de que ela seja uma constante em nossas vidas.
A dualidade entre luz e sombra, autenticidade e conformidade, reflete a complexidade da experiência humana. Aceitar e integrar esses contrastes pode nos proporcionar um entendimento mais profundo de nós mesmos.
A identidade verdadeira não é moldada pelo que é considerado normal, mas pelas escolhas e valores que cultivamos. Encontrar nossa identidade genuína exige coragem para ser diferente e desafiar as expectativas sociais.
O Vasto Infinito
Na vastidão do meu ser, um pensamento ecoa:
Como construí labirintos na mente perdida?
Seria eu tão inconsistente, tão incerto,
Enquanto o mundo ao redor se transforma e desmorona?
Escolhas e decisões, ocultas nas profundezas da alma,
Por medo de arriscar, deixei sonhos se esvaírem;
Desejos e esperanças, coroados como reis,
E eu, mero bobo da corte, buscando sua graça.
O que eu não podia ter, eu conquistei,
Lutei, batalhei, sofri e, no fim, triunfei;
Uma guerra travada contra mim e a realidade crua,
E venci a batalha, liberando-me do medo que antes me aprisionava.
O medo, uma sombra traiçoeira, me revelou um segredo:
Não tem poder sobre mim, mas eu lhe dei força,
E assim me aprisionei, em correntes quase eternas.
A solidão, companheira silenciosa, me sussurrou:
Sua realidade é tecida pelas próprias ações;
Sozinho, vazio, como pude crer nisso?
No final, tudo que eu precisava era retirar a força do medo;
Com uma resposta simples, percebi a verdade:
O sucesso se molda pelas minhas próprias mãos,
E a jornada para alcançá-lo será inesquecível.
O Paradoxo da Simplicidade
Nas respostas mais simples, encontramos os segredos mais profundos da vida, que muitas vezes evitamos por serem desconfortavelmente reveladores.
Entre a Solitude e a Solidão
Parei, pensei, fiquei sozinho,
Não saí, não mudei, só continuei.
A extensão do vazio,
Mostra como é confortável isso,
A solitude, onde angústias profundas,
Entram em colisão.
Com a solitude, não se precisa de ninguém?
Me pergunto com frequência,
Quanto tempo dura o eterno?
Já ouvi essa história antes,
Minha mente me diz.
Cada poema escrito,
Remete ao mais profundo interior.
Pessoas brigam por nada,
Pessoas não pensam por nada.
Disseram que a solitude pode resolver isso,
Mas e quando a solidão,
É mais forte que a solitude?
Respostas permeiam minha cabeça:
O que é correto,
Quando o amor não é correspondido?
O que deve ser feito,
Quando se ama e não se é amado?
Sem dúvida, uma pergunta,
Que não tem resposta sem a solitude.
Na solitude, encontramos a liberdade de ser inteiros; na solidão, enfrentamos o desafio de aceitar essa completude sem precisar de mais ninguém.