Nivea Oliveira
s chamados momentos ruins e bons ganham novas cores. Isso quando nós desejamos que assim seja. Nem tudo saiu do modo como havíamos programado mas isso não significa que as mudanças tenham sido negativas. A etiqueta do "bom" e "ruim" é sempre dada por nós mesmos. Sempre. E ainda tem o "ruim que foi bom" e o "bom que foi ruim". Relativizar o processo não é fuga é enfrentamento. Tirar a etiqueta do drástico e do maravilhoso nos devolve ao chão e a saúde também porque ninguém é de ferro e muitas doenças seriam evitadas se tivéssemos mais carinho por nós mesmos. Por isso, uma reflexão profunda, um "Caminho de Santiago interior", é uma possibilidade de reavaliar o que vivemos. Assim deixamos de comer em excesso, de não se alimentar bem, de dirigir igual a um desesperado, de dar bom dia, de gritar para não ouvir o outro e, sobretudo de não querer dominar o outro para que tenhamos um refém caseiro que sempre nos diz sim. Na realidade quem assim age está sendo refém da própria falta de conhecimento de si mesmo.
Dentro dessa atmosfera de questionamentos, que tal começarmos o ano novo com nós mesmos? Estamos aqui de passagem. Somos resultados de mutações genéticas, leis químicas e espirituais. Estamos em constante evolução. Estar ciente das nossas dificuldades e das dificuldades dos outros em "ser o que se é" gera empatia. A lista da perfeição é para ser almejada, mas ninguém é perfeito. A lista do "nunca dessa água beberei" é mais uma cadeia pessoal do que uma atitude. Somos livres em nossas escolhas? O que é a nossa felicidade? Preciso sempre do outro para ser feliz ou sou feliz e por isso levo felicidade para o outro? Hummmm... vamos ter muito trabalho! Mas valerá a pena!
"Decidir é abrir mão de uma coisa em favor de outra. É preciso pensar sobre o que você consegue deixar ir. Porém, em alguns momentos da vida precisamos deixar ir, mesmo sem conseguirmos abrir mão do que está partindo. Decidir tem mais a ver com o futuro do que com o presente."
"A vida não é somente uma sucessão de acontecimentos. Precisamos costurar esses episódios com uma linha forte e invisível para que possamos continuar vivendo novas estórias, ora como protagonistas, ora como figurantes, ora como diretores."
Livro - Uma Ponte para você
"Esse livro não tem fim. O fim existe? O que chamamos fim talvez seja a renovação de um novo tempo que nos convida a irmos em frente. Esse livro só tem começos que se multiplicam, engalfinhados entre si, restituindo à trama o que a realidade permitiu que acontecesse."
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