Nivania Helena
Nós não somos apenas uma pintura no cenário da vida, mas seguimos juntos colorindo nosso viver, ainda que existam às vezes falta de nitidez, conseguimos pintar nossa aquarela com amor.
Olhando as estrelas vejo você, toda noite imagino onde estarás por que se foi e não voltou.
O que passará em tua mente, os teus desejos que não compreendi, agora vejo o quanto foi forte o que senti.
Quando se perde é que percebemos o quanto nos era importante um amor.
A vida hoje já não tem o mesmo sabor, procuro algo que me faça sentir feliz, só encontro lembranças de um passado tão presente e constante que deixou sua sombra acompanhando-me para o futuro!
Felicidade onde estás? Te procurei no mais profundo do meu ser e não encontrei, às vezes acho que se esconde de mim, não importa quando mas sei que um dia encontrarei, porque te deixei escapar no passado e tão magoada ficaste que resolvesses sumir e ir pra bem longe do meu lado!
Sinto a luz me ofuscando, algo me contraindo, não queria sair do teu ventre quente, onde nada me perturba, ouço os batimentos de teu coração soam - me como uma linda melodia do amor que já sinto vindo de ti, se pudesse ficaria aqui para sempre sendo eu e ti ao mesmo tempo, onde nem um mal pode me acontecer, mas inevitavelmente tenho que nascer, pra poder viver essa vida difícil de compreender.
O APÓSTOLO DA BÉLGICA NO CORAÇÃO POTIGUAR
Autora: Nivania Helena - Trecho do Cordel
No dia vinte e três de outubro,
De mil novecentos e trinta,
Na cidade de Namur,
Uma nova vida se pinta.
Chegava ao mundo um menino,
Na Bélgica de terras frias,
Sob um céu de nuvens e estrelas,
Uma linda história que se cria.
De seu Joseph e Dona Anna,
O caçula Jacques Theisen nascia,
Um brilho no olhar e um sonho,
Que o destino logo revelaria.
Esse foi o começo de uma vida,
Que a muitos irá inspirar,
De um homem que levou o amor,
Para longe, onde quis chegar.
Por uma família cristã foi criado,
Obedecendo sempre à doutrina,
De inteligência admirável,
Com uma força que ilumina.
Com doze anos de vida
uma guerra estourou,
Passou medo, fome, e cirurgias,
Com bravura enfrentou.
Em mil novecentos e quarenta e dois,
Fiel aos sacramentos de coração,
Três dias antes do Crisma,
Fez sua primeira comunhão.
Apesar das dificuldades que passou,
Dizia que teve uma infância feliz,
Assistia às missas com devoção,
Na igreja da Matriz.
Aos dezenove anos,
Um homem de fé e amor,
Atendeu o chamado de Deus,
E no seminário entrou com fervor.
Com coragem e dedicação,
Jacques Theisen se preparou,
Para uma vida de missão e serviço,
Que com amor sempre abraçou.
Deixou sua terra natal
E seguiu para o Brasil,
Para levar a palavra divina,
Como ninguém nunca viu.
Em mil novecentos e sessenta e oito
Embarcou na viagem naval
conheceu Dom Nivaldo Monte
Ao invés de Ribeirão preto atracou em Natal.