Nilsa Alarcon
Na arte do relacionamento a primeira conquista é o respeito. Sem ele, não existe confiança. Sem confiança, a atenção falha e a disciplina do cultivo é abandonada. Logo, não haverá reciprocidade. Sem resposta, o afeto será inútil. Muitos dão afeto a quem não merece.
“Os desafios da sobrevivência são aqueles que mais aterrorizam as almas gentis. Aterrorizam. Medo da sobrevivência se esconde no subconsciente. Medo da carência do conforto mínimo relativo às necessidades. Medo do amanhã e do agora. Medo que se torna insegurança. Insegurança que derruba a autoestima, e autoestima que é sinal da força interior. O medo congela as possibilidades, desvia-nos da boa Lei de Atração, fecha as portas... Porém, o medo escondido, do qual não se tem consciência, é o pior dos medos, pois você pode lutar contra um exército visível, mas não sabe lutar contra esse único inimigo invisível que só atrai portas fechadas. Não é medo de raio, trovão, inseto, pobreza, doença... É apenas medo. O veículo por onde esse medo vai se expressar não importa. Medo da sobrevivência. O que é isso? O que está errado? Não é errado sentirmos medo, ele faz parte da nossa experiência na Terra. O caminho é adquirir uma consciência profunda desse medo, e isso se faz refletindo no sabor da coragem, no sabor do bom combate. Não vencemos a insuficiência de recursos, vencemos o medo desse desafio. Doravante, você passará a ter novos pensamentos de arrojo e autoestima.”
“Frases famosas, motivacionais ou inspiradoras, escritas por pensadores geniais se repetem em todo o Face. Ao fim, banalizadas por tantas repetições, elas se tornam uma mesmice. Seguir o próprio trilho, ainda que corra o risco do “samba de uma nota só”, exige mais de si mesmo e menos preguiça para refletir. Quem disse que o Face só tem bobagens? Podemos nos divertir com as trolagens, ou arrepiar com a realidade brasileira ou mundial, mas se quiser, todo ser humano tem conteúdo, ao passar por cima da timidez. De repente, você é genial e nem sabe. Genial começa por mostrar seu próprio conteúdo, sem medo do ridículo. E se tiver medo, meu filho, vai com medo e tudo. Criar é melhor do que copiar conteúdo, exceto quando é novo e útil.”
“Serenidade, de onde vem? De onde vem esta certeza tranquila e fácil?
Ou este olhar que vê tudo possível?
O que é esta calma diante do desespero?
De onde vem esta entrega sem resistência diante da impermanência?
De onde vem a visão do ganho diante das perdas?
Em que parte do ser reside esse que vê somente vitória diante de tudo que um dia viu como derrota?
Como foi descobrir que não se trata de mudar, mas de evoluir?
Em que momento se deixa de sentir a alma dilacerada?
Em que momento se faz as pazes com a dor, a miséria, a violência e o sofrimento?
Quando foi mesmo que isso aconteceu?
Pois acontece tão devagar e suavemente que nem se percebe.
Lembrar como resistia, brigava, duvidava, se oprimia, ainda é possível lembrar.
Como foi largar tudo isso?
Como e quem disse que esse fim é um dissolver-se no Todo?
Foram os sonhos, talvez? As visões? Os voos?
Talvez, quem segredou que a partícula dissolve-se no Todo foi aquele instante de dissolução na serenidade.
E, enfim, ficar diante da clara manifestação: - folguedos, agitação, passatempos e anestésicos não são felicidade.
Todavia, se estiver no mundo para se divertir com a Grande Ilusão, jogue-se de corpo, mente e coração. Um dia, após beber a última gota de embriaguez, de qualquer jeito, você voltará para casa, amando a serenidade.” –