Nay
Sua próxima paixão terá tudo que a última não teve
No início parecerá perfeita
Até você encontrar a seguinte, que por sua vez,
Preencherá os defeitos da anterior já desgastada.
Como um ciclo...
Nenhuma será igual
Cada uma mais intensa
Todas passageiras.
Você já amou? Não estou me referindo a pai, mãe, filho, irmão...Já amou?
Se respondeu que sim, nunca amou, pois amor nem deveria ser conjugado no passado, é a palavra mais próxima do eterno.
É incrível como atualmente o sentimento maior está tão banalizado. No primeiro mês de namoro, “eu te amo”, no segundo, “te amo para sempre”, no quinto mês, o lindo romance chega ao fim. Estas pessoas que se dizem amar tanto, por que não falam “eu te amo sinceramente”? Simplesmente porque não amam.
Eu admito, nunca amei. Não por incapacidade, pelo contrário, por capacidade de classificar meus sentimentos e acreditar na verdadeira força do amor. Não pense que nunca disse a tal frase, mas a bendita é teimosa, involuntariamente é expelida pela boca nos momentos de euforia e paixão, e nada seria da paixão sem o “eu te amo”, perderia sua impulsividade e encanto.
Como julgo saber tanto se nunca o senti? Pois desejá-lo é filosofar diariamente sobre seu poder, e concluir que tal é o que há de mais completo e bonito. Intenso, sem deixar de ser constante, e nunca cego, a paixão é cega, o amor nos permite ver as qualidades e defeitos, aceitar e gostar de conviver com ambos. É uma luz que emana da alma.
Repito, se passou, não é amor. Não tenha pressa e não se esqueça de querer amar, mas jamais menospreze o real sentido de TUDO que o amor representa.
E quando realmente encontrar o dono do seu “eu te amo”, primeiro diga “eu te amo sinceramente, e ai sim estará pronto para dizer: “eu sempre te amarEI”.
Depois de uma grande decepção
A verdade parece deixar de existir
A memória traz à mente os momentos mais felizes
Que agora são vistos com olhos traídos.
Inteligente é calar uma decepção...
Emudecerás os gritos de sofrimento
Tornando-se indiferente
Vingando-se simultaneamente
Nunca foi simultâneo, primeiro você e depois eu, e agora a dúvida...
Não sei se realmente existiu, não sei o que realmente foi
Sei que sempre quando lembro, vem na minha boca um gosto doce do teu beijo e outro amargo de receio, um receio incessante, que desde que nos percebemos ele se fez onipresente
Nada é certeza, sempre houve quem nos fizesse questionar o que era mais forte, quem era que estava fazendo o meu coração bater daquele jeito
A pergunta é quem substituía quem e quais as explicações deveriam ser dadas
Sentimento? Desejo? Os dois? Nós dois? Ou simplesmente a praticidade de nunca tentar
Confesso, praticidade e segurança coordenam minha mente antes de qualquer outra emoção
Não sei se estou certa, mas sou assim
Como um seguro anti-mágoas que fez com que me privasse de momentos incertos
Poderiam ser eles realmente ruins ou extremamente maravilhosos
Mas nunca vou saber, as escolhas foram feitas
E nem me arrependo
E nem acho que teria dado certo
Mas é esse achar que faz meu paladar mais amargo do que doce
E o pior de tudo é que a única certeza que tenho, é que a culpa é minha.
Eis o quase! Quase tudo, quase sempre, quase dito, quase feito, quase sentimento...
Quando tudo o que te prende
É fútil e compulsivo
E a tua liberdade está na obrigação
De se manter fiel a uma única personalidade
A uma única estrutura
A conclusão em que chegamos
É de que nada é suficiente
O que não te bastou um dia
É tudo o que tu necessita agora
Espero um dia saber notar
Quando a felicidade me invade
Vivê-la intensamente
Consciente da sua presença
Para que não me torne refém
De alegrias nostálgicas
O rei dos meus desejos
É a simples percepção
Do real momento em que a felicidade vibra em mim.
E se tudo for um teste?
O destino é quem me testa
Ou sou eu quem testo o destino?
E se tudo for manipulável...
Quer encher o mundo de arabescos
Rir dos teus tropeços
E achar um bom jeans
Quer gostar de todos os objetos
E também de tudo que não é concreto
Mas a insere ali
Quer olhar o pôr-do-sol todos os dias
Esquecer a monotonia
E sentir o vento no nariz
Quer encontrar tudo que é perfeito
Sabendo que o perfeito
Não a fará feliz
Quer sentir toda a intensidade
Fazer tudo que tem vontade
Mas o receio sempre sussurra assim
Quer que os sonhos saltem da fantasia
Façam valer a vida
Colorindo sua expressão
Quer ouvir só voz e violão
Andar na contramão
E se livrar da confusão
Quer um amor que dá sede
Que dá calma
Que dá tudo de bom pra alma
Alimente o riso
Hidrate os olhos
Anseie pelo cheiro
E queime a pele.
Queria poder vômitar essa angústia e me livrar dessa sensação de ressaca constante que a incerteza provoca em mim.
Essa vontade que não cessa
Essa impulsividade que não passa
Sinto que poderia me virar do avesso
E nem assim me livraria dessa desgraça.
Entre tantos melhores
Entre tanto piores
Eu penso em você
Sem nenhuma explicação
Nenhuma evolução
Não sei parar de te querer
Não faz meu tipo
Não é bonito
Nem fala o que eu quero ouvir
Acho que o mistério é teu diferencial
É por não parecer real
Ou é a tua ausência
Aguçando a minha carência
Pensando bem, é o teu respeito
E é esse teu jeito
De fazer eu me sentir tua
E de fazer eu me sentir nada
Estava com saudades desse vazio
Esse oco que dá éco
Éco de ninguém
Mas de ninguém é quem dói menos
E ainda assim pareço mais completa de mim
Nesse escuro de você
Bate a vontade e caio na bréga realidade
De não saber quem fui, quem és, o que foi, o que é
Se nem de passado e presente sei
O futuro nem ouso querer
A ausência fez mais por mim
Do que um dia você cogitou fazer
E esse precipício oco
De um éco agonizante que só eu ouço
Me fez cair em um poço
De águas mornas
Sem os teus alvoroços
Existem dois testes, que por mim são considerados os mais duros na jornada da vida, são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos, sendo que não é a força que deve sobressair e sim a razão, pois é preciso antes de mais nada querer, tendo em vista que o destino faz “rodeios” para chegar onde deseja, então o momento certo e a paciência em espera-lo nos tornam beligerantes diante das peripécias da vida.
Abre o teu coração como quem abre um vinho, como quem dança pela primeira vez na vida! Como quem encontra uma garrafa no mar há mil anos. Talvez eu seja a carta daquela garrafa. Talvez eu possa te dizer isso sem precisar estragar nosso silêncio.
Mas sabe o que dizem sobre aquilo de "seu próximo amor não tem culpa do anterior?" Pois é. Eu tô aqui pra te mostrar que isso é bem real.