Nathalie Bagatini
''Eu quero crescer, amadurecer, ser, fazer, saber. Saber fazer, fazer sem saber. Aprender. Me surpreender. Me permitir. Viver!
Quero amar, me entusiasmar, quero sair, sem rumo, por aí, me encontrar, me apaixonar. Entrar, sair, esperar, ver o mundo girar, ter recompensa, a tua presença.
Sentir, tocar, sorrir, e chorar. Voltar atrás, pensar na frente, viver o presente, - querendo mais.
Quero acordar, levantar, me atrasar, correr, ver o tempo passar, valorizar.
Quero aqui, quero lá, e acolá. O mundo abraçar, poder viajar, sem pressa retornar.
Quero sentir saudade, da sua amizade, de uma velha idade, daquilo que fiz, do que não fiz, do que podia ter feito, do que devia ser refeito.
Quero o novo, e talvez, algo de novo, mais uma vez, assim, sem querer, só pra poder, lembrar e esquecer, me arrepender, enlouquecer, espairecer, e descobrir, que a gente é assim, meio estranho, fora do plano, sem ter nem porquê, já que algumas coisas é melhor nem saber.''
Entre tantas pessoas que conhecemos na nossa caminhada, há as que valem a pena, e as que não. Mas essas, que se encaixam na segunda conclusão, me causam certa preguiça e outras vezes até repulsa.
Bom mesmo é poder dormir e acordar com a cabeça tranquila. Bom é poder viver com o foco em nós mesmos, e não se preocupar com a vida alheia.
Bom é saber entender e agradecer quando não temos problemas, e não fazer tudo para buscá-los.
Bom é ser feliz de verdade, ou buscar a felicidade, sem ter que passar por cima de ninguém, nem diminuir os outros nessa trajetória.
Bom é assumir nossos erros sem culpar sempre os outros por algo que deu errado. Alias essa síndrome de vitima, é tão démodé.
Bom também é ser imperfeito, porque a partir do momento que nos acharmos perfeitos, estagnados estamos; e aí, quando você acha que pode ficar parado, outro vem e ultrapassa.
E ainda, mais do que bom, é saber e reconhecer nosso valor, e não precisar que os outros afirmem isso a todo tempo, nem mesmo tentar mostrar para fulano e beltrano quanto bom somos.
E esse tipo não me vale a pena. Não quero na minha caminhada; pode tomar seu atalho.