Nathália Magalhães
Perguntaram-me uma vez: “por que escreves, se ninguém a ler?”. Digo, não escrevo para ser lida, assim como a flor que brota no campo não desabrochou para ser posta em um vaso numa sala qualquer. Escrevo em nome do meu vício, que precisa sempre de uma overdose de palavras para não perder o controle. Minhas palavras são destinadas a mim, pois elas sempre são sobre mim. E mesmo se eu escrever sobre vós, ainda não será a ti que escrevi. Escrevo para me firmar, para sentir e para viver. E se nunca leu o que escrevo, como sabes que o faço? Então não digas novamente que ninguém ler, pois você leu.
Deve ser triste ver tudo no cinza, eu não sei mais. Há tempos não enxergo mais assim; você me trouxe as cores e pintou minha paisagem. Não entendo mais dessas tristezas.
Na verdade, é tão pouco o que eu peço. Não quero demasiadas complicações, e muito menos toda a pluralidade de promessas; porque não é disso que eu vivo. Eu vivo somente do retorno, do receber em troca o que a ti foi dedicado.
Sobre o verão: De acordo com a química a alta temperatura gera agitação das moléculas e maior probabilidade de se chocarem. Se é que me entendem.
A lua pode nao ter tanta luz ou o calor do sol, mas isso não a torna menos especial, uma vez que se pode olhar para ela e contempla-la sem lhe ferir os olhos.
Seja-mos sinceros, a vida se torna mais suportavel quando rimos dos problemas dos outros e aprendemos a rir dos nossos tambem.
Eu sou capaz de lutar com todas as minhas forças, ate meu ultimo batimento cardiaco, minha ultima respiraçao; sou capaz de tentar mover cidades, de aguentar a dor mais intensa, sou capaz de encontrar forças ate nos minimos fragmentos de vida. Eu sou capaz de tudo isso, apenas me dê a certeza de que minha luta nao será em vao.