nathalia Dí
Eu prometi nunca falar de você, de amor.
Sentei na minha cama e parei para ouvir o vento vindo da janela aberta, batendo nas folhas das árvores, que de vez em quando batia também na vidraça, fazendo ecoar pelo meu quarto um dos sons mais extraordinários do mundo: O “silêncio” na natureza reinava, gritando pelos seus merecidos cinco minutos de atenção durante aquele dia cansativo. Deixei de lado a minha pasta preta de músicas e poemas, junto com meu violão (Th) Pensei por um momento, em pensar na vida, tentar reorganizá-las de alguma forma, mas isso eu faço todo dia. E todo dia, eu chego a uma conclusão diferente. Desta vez não; fechei os olhos e deixei que o vento batesse e bagunçasse meu cabelo sem me preocupar em como a minha aparência deveria estar, já que minha franja e alguns fios de cabelo castanho estavam no meu rosto. Isso me fez sorrir por um estante, imaginando o meu estado. Respirei fundo, e tentei não força nenhum tipo de pensamento, nem a imagem Dele na minha mente. Deu certo... Por uma fração de segundos, até que o meu celular fez o favor de atrapalhar o meu estado de inércia. O despertador tocou a minha música preferia, a música que eu havia programado pra tocar, me avisando que era hora de sair do PC e dormir. Involuntariamente a imagem Dele veio à mente, a foto que eu mais gosto. Por fim, como já de costume, meu coração bateu freneticamente, quase como um pedido de socorro por não mais agüentar aquele tipo de frenesi que sempre acontecia comigo. Numa guerra já perdida, meu coração bateu mais forte tentando me avisar assim, que eu deveria tratar de afastar esses pensamentos de mim, tentando me alertar de que eu iria acabar chorando. mas já era tarde demais.O sangue pareceu correr pelo meu sistema circulatório bem mais rápido que o normal, 50 segundos já não é o bastante, no meu caso, ele bombeou meu sangue por todo o organismo em aproximadamente 30 segundos, parecia até que dava pra sentir. Ele sabia de alguma forma que seria o culpado se eu acabasse chorando, porque já deveria estar acostumado. Mas não, parece até que gosta.
Ele é o responsável, pelas minhas mãos suarem, pelas palavras sumirem, por minhas pernas tremerem, pelo meu coração não se decidir em parar ou disparar