Natasha Treuffar
A vida prega peças e nos desafia,
a cada momento.
A cada sofrimento ou dor.
No ardor de cada perda
e na impotência gerada por tantos truques do destino.
Em cada desatino, a vida nos testa.
O nosso centramento, a nossa coragem...
Na solidão do poeta
rota certa
entre as palavras e as entrelinhas.
Conjugo eu sou,
eu vou,
eu sigo.
É só o que me cabe.
Quem quizer venha comigo...
Ser Mulher
Ser mulher...
No limite máximo dessa palavra!
Que tange e transcende o ato de ser humana.
E ter, a cumplicidade do homem amado,
sempre ao meu lado,
ou por cima, ou por baixo,
mas por perto,
ereto e incompleto,
enquanto não se encaixa em mim.
Entre
Entre o sim e o não você fica.
Entre o que morre e o que nasce.
Entre o que quer partir, e o que quer chegar.
Entre o picolé de coco e o de chocolate.
E se ficar entre é o seu forte, o seu norte,
sugiro que fique entre as minhas pernas...
Entre meus abraços, dentadas e carícias.
Sugiro que o seu entre, vire a conjugação do verbo entrar.
Na minha vida de vez!
E ai, entre o picolé de coco e o de chocolate,
você descobre por fim,
que os dois derretendo sobre o meu corpo nú, são a melhor opção...
Melhor que ser maldita em palavras,
ser maldita sem elas.
No corpo do ser amado,
ser maldito e abençoado.
Eu
Sou tão poesia
fluídos
névoa e vulcões...
tão construida de utopias
magia...
Que as vezes esqueço da carne e osso!
Círculos
Quero um homem que me pegue pelo braço
um homem que me de abraço
um homem que me de a mão.
Que tome conta de mim.
Um homem que me dome
que não dorme e que me come...
Só depois me põe pra dormir.
E que me tome nos braços
siga os meus passos
e me mostre a direção.
Quando eu andar em círculos...
Cortesã
Ato, desato,
desabotoo e desfecho,
abro o seu fecho
e fecho a porta.
E então,
nada mais de queixas,
me faz gueixa,
cortesã!
E te inicío,
no rito do meu próprio cio,
de ser mulher,
fêmea, bicho, alma, gata e calafrio.
cala o meu frio!
Com teu calor ateu.
E me ama...
A cama surta!
Kama Sutra,
comunhão...
Labirinto
Vivo sem novelo no labirinto de Afrodite.
O labirinto é minha casa,
é minha asa
e perdida não estou.
Somente entregue,
ao devir,
a quem vir
e me fizer sentir...
Mulher!
Em todas as minhas esferas.
Com direito a todas as minhas princesas e feras!
Você, entre as minha pernas...
Você sim,
no labirinto!
Quero ver você não se perder...
Poema Sozinho
Na solidão do poeta
rota certa
entre as palavras e as entrelinhas.
Conjugo eu sou,
eu vou,
eu sigo.
É só o que me cabe.
Quem quizer venha comigo...
Religare
A vida prega peças e nos desafia,
a cada momento.
A cada sofrimento ou dor.
No ardor de cada perda
e na impotência gerada por tantos truques do destino.
Em cada desatino, a vida nos testa.
O nosso centramento, a nossa coragem...
Entre
Entre o sim e o não você fica.
Entre o que morre e o que nasce.
Entre o que quer partir, e o que quer chegar.
Entre o picolé de coco e o de chocolate.
E se ficar entre é o seu forte, é o seu norte,
sugiro que fique entre as minhas pernas...
Entre meus abraços, dentadas e carícias.
Sugiro que o seu entre, vire a conjugação do verbo entrar.
Na minha vida de vez!
E ai, entre o picolé de coco e o de chocolate,
você descobre por fim,
que os dois derretendo sobre o meu corpo nú, são a melhor opção...
Cortesã
Ato,
desato,
desabotoo e desfecho,
abro o seu fecho
e fecho a porta.
E então,
nada mais de queixas,
me faz gueixa,
cortesã!
E te inicío,
no rito do meu próprio cio,
de ser mulher,
fêmea,
bicho,
alma,
gata
e calafrio.
cala o meu frio!
Com o teu calor ateu.
E me ama...
A cama surta!
Kama Sutra,
comunhão...
Viscondessa de Mauá
Me alimento de poesia.
De pão, manteiga e café.
As vezes sou matreira,
sem eira nem beira.
As vezes misteriosa,
dona de um império dos sentidos.
Sempre etérea, é fato.
E, silenciosa ou falante,
ligo a vitrola,
acendo o cigarro e a cigarra canta.
Me encanta
e eu danço.
Eu,
acesa no vale sou,
viscondessa de Mauá!
É sou!
E ninguém tem nada com isso!
Com meus avessos, ou meus inversos,
com meus versos ou minhas cruzes,
com meu sexo...
Com o adverso?
Faço versos!
Crio controvérsias por onde passo,
mas os versos me perseguem...
Maldita
Melhor que ser maldita em palavras,
ser maldita sem elas.
No corpo do ser amado,
ser maldito e abençoado.
Labirinto
Vivo sem novelo no labirinto de Afrodite.
O labirinto é minha casa,
é minha asa
e perdida não estou.
Somente entregue,
ao devir,
a quem vir
e me fizer sentir...
Mulher!
Em todas as minhas esferas.
Com direito a todas as minhas princesas e feras!
Você, entre as minha pernas...
Você sim, no labirinto!
Quero ver você não se perder...