Nataly Barreto
"Solidão que nada"
As pessoas comemoram hoje um dia que talvez não quisessem comemorar. Dia do solteiro...
OOOOhhh!
Me diz porque está feliz em estar sozinho?
Não me venha com "solteiro sim, sozinho nunca" ou que solteiros são livres, poupe-me de tais justificativas, ridículas, diga-se de passagem.
Seres humanos tem em sua natureza a carência. E ainda há quem diga se encontra na solteirice por opção, creio que seja pela falta de opção isso sim, mas isso não vem ao caso.
Acredito no afeto, acredito que as pessoas precisam de um ombro amigo e de um pouco mais do que esse ombro ou desse amigo. Há alguém especial para ti, acredite nisso, talvez ele já tenha surgido, então não o deixe escapar. Ninguém é autossuficiente.
Com tudo isso eu só quero dizer que não tem porque festejar a solidão...
Não se agradece amor
Não agradecerei a sua atenção
Seja a história como vier e for
Eu conquistarei teu coração
E a métrica desses meus poemas infantis
Não existem
Como também é inexistente a luz em meu coração
Se ficas longe de mim
Que o medo que me persegue
E me impede
De viver e experimentar
Seja enfraquecido por esse seu calor
Que me envolve
Assim como toda a insegurança
Se desfaz ao te ter ao meu lado
Permanece,
Mas não me queira como submissa
À esse amor que pode surgir...
Apague as pegadas,
Mas me deixe algumas pistas.
- Não !
Não é bom de ouvir
Contudo, amadurece mais do que um sim
A questão é nada esperar
A grande sacada é não esperar
Odeio esperar...
Embora eu tenha um coração paciente
Que contaria os grãos de areia para te mostrar
Que o carinho que sinto é tal qual a quantidade
Desses grãos
Nada espero,
O possível ofereço
O que você me dê
Felicito-me
Mesmo se me der aquilo
Que não mereço.
INCOMPLETO
Competência na pulsação
Por favor coração
Você que tanto já me deixou na mão
Não quero te ver estático sem motivos para pulsar
Só quero que faça sua função e me deixe respirar
Independente da tal razão
Ou da temida emoção
Devemos mesmo aproveitar?
Não temer que as lágrimas possam surgir
Elas fortalecem o nosso caminhar
E quando pensei em ti
Meu raciocínio se perdeu
Esse poema vai ficar incompleto
Culpa da saudade que me deu.
ENTRE OS MEUS INIMIGOS, COLIBRI!
São seus
Meus, são seus
Poemas, só teus
Sentimentos te pertencem
Mesmo os ruins...
Não há o que justifique
Não existem explicações
Eu que já não suporto essa dor,
Queria ter sete corações
Não foi o melhor
Talvez o pior dos beijos
Não por culpa minha
Mas havia receio em ti
E agora tu me ignora
Como se não soubesse meu nome
Esse coração que cansado chora
Precisa agora de um codinome.
Nada de beija-flor,
Pode deixar o beijo
Mas nada de flor.
Principalmente as vermelhas...
Se possível, pinte-as de outra cor!
Porque tão sério?
Como se o tempo obrigasse à seriedade.
Não é o tempo que mede nossa maturidade
Há diferenças entre ser séria e ser madura.
Deixar de escrever poemas me tornaria menos boba?
Como disse Álvaro de Campos:
“Todas as cartas de amor são
Ridículas
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras
Ridículas.
As cartas de amor se há amor,
Têm de ser Ridículas
Mas, afinal
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas”
Muito do que escrevo são como cartas de amor
Não entregues,
Pode chamar-me de covarde,
Seria bem verdade
Deixar de escrever o que sentia, pra tentar esconder a suposta “ridicularidade”?
Para mostrar a alguém que cresceu?
E desde quando negar o sente e o que pensa é crescer ?
Se amar for sinônimo de ridículo,
Eu, que pareço nunca ter amado,
Aceito esse papel de boba, em teu lugar.
Só pra te ver sorrir, só pra poder te amar.
Porque tão sério?
Meio a meio.
O que meio sinto por ti,
Reflete nessa minha vida meio turbulenta,
Mas eu que não sou de desistir,
Vou encontrar um meio de ter você pra mim
Juntarei cada pedaço de minha metade
Meio dilacerada,
Para então ser inteira.
Inteira, íntegra, porém vazia.
Falta algo, alguém, você.
Vem e me preenche
Ou só me deixa aqui.
MEIO
Meio triste,
Meio desamparada,
Meio sozinha
E parte meu coração ao meio,
Mas parte sem dizer adeus.
Eu sei que você vai voltar,
E eu odeio meias despedidas.
Então não me venha com meias desculpas,
Ou meias verdades,
Ou até meios eu te amo’s
Pisa no chão,
Sua realidade sou eu
Ficar descalça, assim sem meia.
(28 de abril de 2011)
Deixei que passasse, deixei que fosse coisa de uma noite. Eu bem podia lutar por você, mas não creio que tenho vocação para vencer. Invasões não são benéficas. Eu não queria invadir seu coração como um sem-teto invadiria um local qualquer querendo no mínimo calor, aconchego. Até por que nem de mínimos eu gosto. Eu me dou por inteira, eu dou meu máximo, não me venha com pedaços.
BAIXA UMA SEM-GRACICE
E com todo esse sufocar de afazeres, visitas, reencontros. Eu não consigo pensar em outra coisa a não ser em ti. O que eu fiz quando te vi pela primeira vez, não foi nada corajoso, mas ainda assim só penso em ti. Você testemunhou o que a sem-gracice é capaz de fazer comigo quando você está perto. Bate um nervoso, basta você estar nos mesmos metros quadrados. Sua presença é o bastante para que eu fique mais boba do que eu já sou.
Seu abraço, eu sonhava com isso, virou realidade.
Desejos que fazemos às estrelas cadentes se realizam.
Teu cheiro ficou em mim. São tantos pequenos detalhes que eu guardo... Você se assustaria.
Eu te sinto.
Não sei explicar, talvez eu nunca saiba, quando eu souber, te digo.
Amanheceu, sonhei e acordei te esperando,
Com a flor roubada de um mar banhado de rosas,
Sei que o mar me perdoará por cuidar tão bem daquela flor,
como se não bastasse, era vermelha.
E você me faz por minutos esquecer o vermelho...
Talvez minhas tais felicitações para ti fique só em meus desejos mesmo.
Agora quero pra mim o que te desejei,
Discernimento
Me parece que a teimosia é algo mais forte em ti
Preferir estar em segundo plano...
Não é tão compreensível.
O perigo me chama
E sei que você também o escuta
O errado que persegue
Mas que não erradica o medo
Ao mesmo tempo que nunca imaginei
Aconteceu...
Mas como não se imagina
O que já foi sonhado?
Mensagens não entregues,
Mal entregues
Causam euforia ou até mesmo aflição
Mesmo para os sãos
Que se dane o coração
E mesmmo que minhas dúvidas nunca fossem respondidas
Que meus sentimentos nunca fossem encorajados
Eu estava ali, e eu viveria assim por muito tempo se fosse a única forma de te ter ao meu lado.
De que valem os poemas
Sentimentos de ponta de caneta, de lápis, de dedo,
Ponta de língua
A minha quer a sua
A sua não lembra da minha
Sente e renega
Eu me responsabilizo por esquecer
Pelo menos eu gosto de festas a fantasia.
Querido organismo,
favor ir se desacostumando com esse negócio de acordar cedo, eu não vou mais brigar com você caso acorde uma da tarde, não vou levantar assustada e sair de casa sem tomar café e o pior, sem escovar os dentes, atordoada, quase chorando por ter perdido aula, porque nesse dia tinha prova. Prometo lhe dar ao menos os três banhos diários, desde que nenhum videogame entre no meu dia, porque você sabe que ele e o amigo dele, o computador e todos os seus primos, notebook, tablet, netbook e ultrabook, tem algum tipo de poder sobre mim, ou você dá um jeito de me lembrar de comer, tomar banho e dormir, ou fique ciente das consequências. Se não fosse minha disposição registraria esse nosso momento, lençol, uma cama espaçosa e uma xícara de chá, na companhia do meu ilustre e ótimo humor, diga-se de passagem.
Fique tranquilo, volte a sua preguiça habitual, bombeie o sangue, deixa ele circular direitinho e relaxa, porque eu estou de férias. Agradeço bastante se uma vez na vida você me escutar e obedecer, porque com aquele tal do coração não tem conversa não é? Um dia ainda será domado. Enfim, da sua suposta dona, eu.
Escrever revela muito. Nas minhas supostas poesias não há espaço para o dadaísmo. Foi o que eu vivi, se não ali, na minha mente, e o que eu vivo nela sempre é melhor. Minha vida vem sendo contada em papéis que hoje estão no lixo, nos guardanapos de bares e restaurantes, nos posts que não foram postados porque a internet caiu e eu esqueci de guardar aquilo no ctrl+c, nas lembranças dos meus amigos, mais nas deles, do que na minha memória, um tanto quanto afetada diga-se de passagem. Eu sei que dos meus erros, nenhum me tira o sono, ainda me dou o direito de me permitir, e meus êxitos não me saem dos sonhos.
É muito cartaz
Para pouco dizer
É muita piada
Sem nem ter porquê
Um povo que clama mas não sabe falar
Perguntei o que era a PEC 37 ninguém soube explicar
Nem venha dizer que faltou educação
Faltou liderança, alguém tem que fazer subir o balão
Quero que a insatisfação continue
Que a coragem não seja rara
É isso... acordamos
É isso... criamos vergonha na cara.