Natália Montezino
Afinal de contas hoje não sei mas se o tempo me cura, me destrói, ou se ele não tem passado pra mim. Talvez perder as esperanças nao seja tão ruim assim, só uma forma de achar outras saídas, se é que elas existem... Talvez existam tantas saídas e eu só não sei como sair, eu só não enxergo, elas estão por toda volta, inclusive lembranças dela.
Eu fecho a porta porque cara quando você tá vazio, só te resta uma boa música, um bom livro, um bom frio, pequenas coisas pra substituir outras pequenas coisas, insubstituíveis...
Hoje a minha cabeça tá fora do lugar, hoje eu não tô centrada, hoje eu não tô focada, hoje eu não tô nada.
E dói, aposto que até pros insensíveis dói! em alguns 'dói tanto que já não dói'. beber talvez já não vá adiantar mais! e o que vai adiantar? nada... Que a vida é mesmo curta meu caro, então me passa logo essa cevada que se eu não beber hoje que seja amanha, ou depois, mesmo sabendo que não vai adiantar, só pra sentir o tempo passar.
As tuas palavras ainda queimam em mim, e é tão difícil de esquecer... E hoje com a tua ausência eu ja me acostumei, e eu já me acotumei com a ausência de tudo que me faz falta, com a ausência de mim mesma... Mesmo nao sabendo qual seria ou é a sensação de se acostumar com tudo isso.
e talvez você até diga que nao via as cores que saltavam dos meus olhos ao te ver e eu diga que não sentia o teu corpo estremecer, mentiríamos pra nós mesmos outra vez! e de toda essa indiferença e esse gelo que eu não consigo quebrar, prefiro não pensar e só deixar passar. Só por uma noite, só por essa noite.
É impressionante como as coisas podem mudar em frações de segundos, como elas se perdem e se encontram e se escondem. Por isso eu vivo o hoje, o agora, o aqui.
E as vezes eu sinto tanta vontade de te ligar pra dizer que eu não quero tentar algo incerto, coisas novas que podem não dar certo. Porque eu sou feito de certezas, e todo mundo sabe que a maior parte de você está em mim e eu sempre te espero pra buscar porque eu sinto falta da minha maior parte que está em você, sabem também que a gente já não consegui se deixar, e isso são coisas que os nossos olhos não conseguem negar.
A gente não precisa de tempo nem de nada, nós sempre sabemos a hora certa de voltar, e quando isso acontece a gente larga tudo e volta pro começo, dos nossos recomeços.
E quem disse que nós não iriamos pensar as vezes nas estradas que não corremos, nas coisas que não fizemos, só pra estar aqui... De novo e de novo e de novo.
Porque isso é um ciclo vicioso, e sem as nossas vozes e os nossos sorrisos aqui, tudo é tão vazio.
Então vamos dormir enquanto o mundo acontece lá fora, me abraça e fica, porque quando você fica, eu não sinto frio.
Hoje é mais um daqueles dias em que você deseja não ter levantado da cama. Daqueles que, conforme o vento bate no corpo da gente, ele vai se desintegrando, lentamente.
E o vento, é, as vezes ele pode destruir, devastar.
Você escolhe o que constuir em você, a gente sempre tenta construir algo que faça com que o vento seja leve e transmita paz. Mas nem sempre é como a gente espera, as vezes o vento é tão devastador, e eu me pergunto: Pra onde o vento leva? Todas essas partes de mim, todo o meu corpo quebrado em pedaços.
Eu só queria enxergar alguma coisa no meio desses cacos no chão, esse caos sobre mim, essa tempestade que dessa vez não fui eu que causei. Alguma coisa que me fizesse levantar daqui.
Mas as coisas vão e elas vem o tempo todo, e um dia você aprende; Que o silencio, vale mais do que meia palavra.
E eu me pergunto: O que você quer meu bem? Pelo amor de Deus será que você sempre quer de mim o que não tem! Mas eu fico na minha, eu tento achar outra maneira, nem sempre estou certo, mas eu juro que eu tento chegar perto.
Não se faça de algo que não é só pra me ver sorrindo, não fique por culpa, afinal sempre existem dois lados de uma mesma historia e os tais ‘erros em comum’. Se permita um pouco mais, fique um pouco mais, só se você ainda conseguir me amar, se eu ainda conseguir te fazer sonhar.
Eu só não queria que você soubesse que eu, ainda era eu. Mas esqueci, que a gente tenta esquecer, mas tudo que a gente faz é voltar a cada instante.
Espero que se algum dia você conseguir me deixar, essa saudade que acaba comigo, acabe com você também, tire o seu fôlego como os nossos beijos, te deixe sem ar.
E agora, pulsações que chegam a doer
Segundos que parecem uma eternidade,
Mal entendidos postos a limpo
Não esperava depois dos planos
E atitudes gritando pra você voltar
Fazer você ligar, e sinais de fogo pra sinalizar teu caminho
Fogos de artifício pra quando chegar
Planos pra esperar, falhas para circundar
Eu, só esperando você passar
Muda e troca tudo pra ela notar,
Um frio na barriga de anos atrás
Notou passou, não parou, muda outra vez
Minha vontade de voltar como antigamente
Queria te decifrar, te quebrar, as minhas palavras como antes
E te deixar de quatro, com tanta gentileza, era eu!
As coisas conspiram contra nós
Hora sim, hora não
Já não consigo dormir...
O teu cheiro escorre das minhas veias
Meu coração pulsa com a freqüência do teu
Minha pele aquece com a lembrança da tua
E suas mãos geladas sem freio, no meu corpo.
Preciso aniquilar meu egoísmo e minha vontade de te ter só pra mim, pra que então você possa se encontrar quem sabe em outro alguém que possa te fazer mais feliz do que eu fiz.
Peço pra que me perdoe por todas as vezes que o ciúmes me consumiu, a ignorância, que o meu coração não soube entender você, eu realmente não sou perfeito. Nunca fui, só tenho essa mania de te querer tão bem e querer não deixar nada de ruim acontecer com você.
Quando abri os olhos devagar me perguntei baixinho, cadê? Cadê você quando meu sonho acaba. Me pergunto sempre, será que você pensa... o que será que você faz agora.
E agora entendo o quanto nossa espécie é sozinha, perdida e confusa, e tenho medo muito medo, se você seguir assim e se os caminhos mudarem de direção;
se eu não te reencontrar mais, se você mudar de casa, o número do celular, se você se casar, se você me guardar na caixa mais escondida, funda, e empoeirada do seu coração pra não se lembrar nunca mais.
E eu fico aqui pensando quantas vidas eu vou ter que esperar pra te ter aqui de volta. Quantas?
Preciso me reencontrar novamente, minhas pulsações são tuas, meu sangue, eu sou sua, e alem de uma atração de uma coisa de corpo, minha alma, e junto com tudo meu amor.
Eu vou aparecer dentro da tua roupa, no cheiro do teu corpo, na sua cama, em todo lugar que encontrar seu olhar, onde você menos esperar pra te dizer: volta pra mim.
Não entendo como, mas faz o tempo voltar
É um momento só, e um olhar
Sempre faz o tempo parar
O tempo se perder em um encontro de desencontros,
Desatino é o meu destino que na verdade o tempo não importa
Aquelas cores colidindo com meus olhos,
o brilho dos teus olhos.
Penso meu Deus, eu sou tão pequeno perto de tamanha perfeição
De uma combustão completamente exata em mim
Neste encaixe reside a proteção, um amor incontável
Peço pra que a vida nos coloque frente a frente
Que tudo se encontra no encontro desse olhar.
Uma resposta e um segundo inteiro pra dor invadir meu corpo da maneira mais cruel, desviei meu olhar e tentei disfarçar a voz pra fugir daqui tão intensamente quanto minha dor. Descobri que a dor intensa constante pode bloquear algumas formas de entrega que temos e transformar em medo. Dose por dose ela percorre a corrente sanguínea tão rápido como um veneno, avançando cada vez mais até parar cada órgão do teu corpo. Avança tão rápido quanto um piscar de olhos, mas enquanto percorre vai tirando vida de tudo lentamente; em tempos a dor é tanta que chega a anestesiar ou enlouquecer. Anestesiar de uma maneira que dói tanto a ponto de te fazer não sentir nada, só um vazio, ficar oco. Enlouquecer a ponto de você mesmo querer acabar com tudo aquilo mais de pressa possível, e criar formas de ajudá-la a te matar de uma vez. Convenhamos que uma morte rápida e de uma vez só, como um golpe fatal, seria melhor pra quem morre aos poucos e por tão pouco. Corre agora contra o tempo e muda tua vida antes que teu amor se transforme em só mais uma dor lá no fundo da alma, que a gente tenta disfarçar com qualquer sorriso forçado e expressão desengonçada.
Um certo dia, me vi no fim do poço pensei que esse não seria o lugar ideal pra mim , mas enfim, estou aqui novamente de pé como nunca me imaginei. Enxergo meus erros. Sou tão forte que não tenho nem noção da dimensão disto, acho que tu percebeu. Ainda sou tão teu.
Não gosto mais de falar muito, e ao mesmo tempo quero tanto, não sei o que me ocorre. Sinto falta de um certo calor, os sentimentos estão a flor da pele, não demore me tire do eixo me leve embora.
Vi as águas colidindo e percebi, enquanto estão ali em processo de colisão viram um só. Cheguei a conclusão que quando você chega em um caminho onde não da mais , você bate de frente, ou viram um só, ou se destrói completamente conforme a força da colisão e não sobra sequer uma gota.
Acontece que você escolhe, razão ou emoção e sem meio termos, eu perco todos eles pelo caminho, mas realmente acho que um meio termo entre razão e emoção seria bom. Mas sinceramente meio termos me incomodam e não consigo chegar a eles. Não sei nem se posso com ‘sinceramente’, devastei tudo sem pensar quando optei pela emoção, e não contei. Proteger alguém que você ama omitindo as coisas é comum, mas não é a maneira certa e pra falar a verdade não me orgulho, nem se pode dizer que isso é um ato de proteção. O medo de magoar persegue, e também não é legal que alguém fique sabotando sua mente o tempo todo.
É ruim decepcionar as pessoas a sua volta, pior ainda pra alguém como eu, é se decepcionar com você mesmo, não segui minhas próprias regras de coisas que eu aprendi. Senti na pele, que você pode ser o rei do seu próprio mundo , e mesmo assim , em algum momento as coisas começam a ficar pesadas e você cai. E rir de alguém que cai não é legal, eu já ri de vários que caíram, mas todos inimigos. Quando caí a primeira pessoa que riu e tirou sarro bem na minha cara, me matou mais que a minha própria queda. Aprendi até o que eu não queria. E quando me senti sem saída resolvi fazer uma visita, só uma. Me perguntei que espécie de pessoa eu sou? Que não consegui nem dar um passo a frente diante disso. Não consegui abrir minha boca, de repente a saliva secou, eu tentei dizer, as palavras saíram tropeçadas, e na tentativa demente de ter você me perguntei mentalmente como conversar com alguém que esta submerso na terra a exatamente onze anos. Eu tenho tanta coisa engasgada aqui e falar seria como rasgar uma artéria, ia jorrar sangue enlouquecido por todos os lados. e sangue desespera e não acalma. Faz onze anos que vou ver você e na verdade não te encontro exatamente, e esse é um desespero só meu. E assim falando sobre desesperos chego a você, meu desespero vivo e em pé com sangue correndo nas veias e uma vida inteira pra viver, e outra vida em suas mãos. Meu desespero em todos os sentidos. Pra tudo que você pensa ‘acha’, dou lhe apenas o tempo pra enxergar sem essa obsessão que cega. Repto mentalmente afim de me acalmar que o que é certo é o que fica, uma consciência limpa vale uma vida, e sempre é tempo de recomeçar, acordar e tentar ser alguém melhor do que sou agora.
Não quero estar sempre cercada por pessoas, não quero muito, só quero poder ser quem eu sou, independente, sabedoria única; Porque pra ser sincero, as pessoas que realmente me importam, eu consigo contar nos dedos da mão.
Estou cansada de marcas que não são boas aqui, pessoas inúteis, que não me acrescentam exatamente nada. Estou cansada de animais em forma de gente, da ignorância, da covardia; e me segurando pra não usar palavras desnecessárias pra essa gente que pouco me importa, sem moral, sem mais.