Natália Coelho
O amor em evolução
Quando nasce o amor pelo outro, a primeira coisa que acontece é a conexão de ambos, tal conexão nos faz pensar que somos "um", e acabamos esquecendo que as partes envolvidas antes de se conectarem, eram parte de um processo evolutivo individual.
Projetos! Desejos! Rotinas! Pessoas! Coisas...
Foram deixadas de lado por acreditarmos e depositarmos energia, neste novo "individuo" que está nascendo, o casal!
Este esquecimento proposital, em um futuro próximo, se transforma em frustração e sofrimento. Ficamos fadados à está prisão mental que os desejos oprimidos causaram. A energia do casal estagna! O vácuo que foi criado por estes desejos oprimidos, nos deixam insatisfeitos e infelizes, e precisam ser preenchidos de alguma forma.
Projetamos no outro nossas insatisfações pessoais de uma forma inconsciente. O amor fica um tempo na "geladeira". Retornando no momento em que ambos evoluem enquanto seres materiais e/ou espirituais. Começamos a exercer controle sobre o outro,e é este mesmo controle que , há meu ver, é a principal causa de sofrimento do casal, o individuo esquece de sua identidade e bloqueia seu processo evolutivo.
Começo a acreditar no quão importante são estes dois processos evolutivos, tanto para o "um" que nasceu, quanto para o "um" que já existia. No momento em que aprendermos a fazer parte do processo individual de cada parte envolvida, sem interferirmos negativamente, haverá tb mudança no processo evolutivo coletivo. A plenitude seria alcançada por todos. E aprenderíamos o verdadeiro significado de amor em seu estado puro.
As pessoas são diferentes, se você agir como os outros esperam que você aja você será infeliz, quanto mais despadronizado você for, quanto mais desapegado você for, mais feliz você será.
Isto é liberdade!
Uma palavra bonita, que poetas e pensantes adoram proferir para ouvintes que adoram escutar, porém, o real significado prático se perde no caminho, as pessoas não se libertam de si mesmas... criam regras, se bloqueiam para o mundo, conduzem suas vidas baseadas em um conceito ilusório de normalidade, há tanto para se ver, há tanto para se viver! E temos tão pouco tempo....