Napoleão Bonaparte. Sobre a Guerra. A arte da batalha e da estratégia.

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Um chefe deve ter um espírito que mesmo no meio da maior escuridão não perca todo o traço da clareza interna necessária para conduzí-lo até a verdade; e, além disso, a coragem de se guiar por essa luzinha fraca" (Clausewitz). Essa coragem diante das responsabilidades, diante do perigo moral, é a coragem de espírito [Courage de L'Esprit].

Qual é a força de alma necessária para empreender, com uma plena avaliação das consequências, uma dessas grandes batalhas das quais dependerão o destino de um exército, de um país, a posse de um trono? Raramente são encontrados generais ansiosos por entrar em uma batalha: "Eles de fato tomam suas posições,se estabelecem, analisam suas combinações; mas começam então suas indecisões; e não há nada mais difícil e, no entanto mais precioso, que saber decidir.

O gênio militar é um dom celestial, mas a qualidade mais essencial de um general em chefe é a firmeza de caráter e a resolução de vencer a qualquer custo.

Clausewitz menciona a resolução como a segunda qualidade indispensável ao general, depois do golpe de vista. Fala também de firmeza, força de caráter, autocontrole, qualidades, todas elas, evocadas por Napoleão:

[...] a vontade, o caráter, o empenho e a audácia é que me fizeram ser o que sou.

É através do vigor e da energia que salvamos nossas tropas, que conquistamos sua estima, que conseguimos nos impor aos malvados.

A qualidade essencial de um general é a firmeza de caráter, que além do mais é um dom celestial.

O General Murat precisava diariamente de "luxo, mulheres, uma mesa de Epícuro:

É um grande erro para um comandante de exército não saber controlar suas paixões os seus gostos; desse modo, é possível pôr a perder a vida de milhares de homens".