N. Martins.
Tem dias, que desejo só minha sombra como companhia, eu não entendo, pois no dia seguinte, tudo que mais quero é alguém do meu lado.
Meus avós diziam que ficar na porta de casa era seguro, hoje em dia somos presos em uma caixa, cercada por muros altos e portão. Meus avós diziam que ladrões existiam, mas não era tamanha bagunça, hoje os bandidos matam, roubam e torturam nossa liberdade. Ontem foi bom, hoje está ruim, e amanhã, ainda existiremos?
Tenho defeitos, manias, segredos estranhos de serem entendidos e etc… Mas afinal qual é o ser humano normal que não tem não é mesmo?
Eu não sei explicar no entanto nem descrever, mas algo em seus olhos me chama, me acende, e meu coração sem que eu entenda acelera. E eu sinto que algo aí dentro de ti, me pertence.
Chore o quanto quiser, ou o quanto achar necessário, mas chore, coloque sua dor para fora, descarregue tudo que aí dentro, lhe faça mal, grite bem alto que não está nada bem, faça o que lhe deixar melhor no momento. Mas depois, lembre-se, a vida segue em frente, levanta-te, siga adiante, sem medo algum do sofrimento que a vida ainda tem á lhe oferecer. Sorria, sorria e sorria, mesmo que ainda doa, mesmo que ainda não tenha forças.
Ficar parado só reclamando não vai dar em nada. Vamos lá, se mexa, saia do lugar, planos e ação, acorda amigo. Eu sei que é difícil, mas tente, e não der certo, tente novamente. Um dia sua hora de vencer vai chegar […]
Sinto muito mundo, eu não nasci com “dons” magnificos, ou com uma mente brilhante, eu não nasci com os verdadeiros padrões que a sociedade propõe, ou obriga não é mesmo? Eu não tenho um talento extremo, não sei voar nem me transformar em um super-herói. Eu tenho sonhos, vontades, muitas e muitas lágrimas reprimidas em meu coração também muitas outras eu deixei em qualquer chão. Perfeição em mim você não irá encontrar, não mesmo. Já tentei ser o que não sou, pra agradar alguém, acabei não me agradando, agora sou o que sou. Vi que não adianta tentar fazer as pessoas felizes com algo que você não é, outra, esquecendo minha própria felicidade, mas isso já acabou. Eu já chorei por não aceitarem como sou ou guardei lágrimas pra mais tarde, porque ali eu não podia chorar. Já chorei na ida e na volta pra casa, às vezes sem motivo algum, às vezes por precisar de alguém ou de mim mesmo. Desejei sumir, mas no dia seguinte ou depois de algumas semanas, lá estava eu, amando a vida. É isso, perfeição aqui tu nunca encontrará.
Quero contigo ter toda a inocência de um amor de criança e a intimidade de um casal. Misturando felicidade com intensidade.
É estranho sentir algo tão forte e tão significante, mas não saber explicar, não saber descrever o tal “sentimento”. É estranho não conseguir chegar a conclusão nenhuma quando se trata do que eu sinto, do que eu passei e do que eu tenho passado. Muitos acontecimentos, muitas mudanças, muitas inovações, chegadas, saídas, saudade… Mas quase nenhuma explicação.