N.Costa

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“Quanto uma pessoa pode sofrer sem desistir? Ou não desistir e apenas aceitar? Se tornando fria, insensível, ou apenas se resguardando de um sentimento que nunca usufruiu verdadeiramente? Quanto uma pessoa pode suportar sem se entregar a solidão e se deixar levar pela dor? Ou engolir essa dor e tentar viver, nem que seja, um resquício de vida? Ou quem sabe encontrar, ao menos, um vestígio de uma simples felicidade? Quanto suportar sem desabar? Quanto o coração pode sangrar e ainda se manter batendo insistentemente, dia após dia, hora após hora, sem mergulhar num mar de sangue, revolta e dor? A dor existe pra ensinar, disso eu sei, mas quantas experiências, situações, uma pessoa tem de passar pra poder, enfim, encontrar alguma paz, alguma luz, que a faça crer em algo melhor?”

“Eu só queria, quem sabe, encontrar aquele que me fizesse ver que o mundo não é somente isso, aquele que me tirasse um simples e genuíno sorriso e que não seja forçado, somente pra alegrar os outros; que me fizesse sentir especial, como se eu fosse ñ só mais uma pessoa no mundo, mais a pessoa mais especial do mundo dele; aquele que me fizesse crer de novo no amor, antes que eu desistisse de tudo e me fechasse no meu solitário e negro mundo; só queria encontrar aquele que enxergasse minha alma pedindo socorro e me ajudasse a tirá-la desse mar de sofrimento.”

“Não sonho com contos de fadas, nem com um príncipe encantado.
Quero apenas alguém que estenda a mão para me ajudar a atravessar os momentos
difíceis; alguém que olhe no fundo dos meus olhos e que possa ver minha alma e
que não se assuste com isso; que possa me abraçar e me amparar nos momentos em
que pareço desabar; que sorria feito criança, sempre que fizer uma palhaçada;
que possa compreender os momentos em que preciso ficar só e que mesmo assim,
continue ao meu lado; alguém que me veja chorar e ao invés de me encher de
perguntas, abra os braços e me conforte, deixando assim que eu escolha o
momento certo da explicação para aquele desabafo; alguém que entenda minhas
loucuras e meus surtos de menina; alguém que olhe meu reflexo no espelho e
enxergue além daquela imagem refletida. Enfim, eu quero alguém que me ame como
sou, que entenda meu momentos de ser menina e meus momentos de ser mulher.”

“Às vezes me pego pensando em como seria “nós dois”, viajo horas nessas maluquices da minha mente, até que um sorriso aparece em meu rosto…
mas aí logo depois, vem a realidade e eu percebo que aquilo tudo não passou de ilusão, que nunca irá acontecer, o sorriso some e dá lugar a um grande vazio, que antes era preenchido pelas lágrimas, mas nem elas se manifestam mais.”