MTBA
Amor Platônico: ponto de vista de um leigo errante.
A primeira lembrança a um amor platônico se remete ao nome da pessoa.
Esse nome pode relembrar fatores que foram reforçados positivamente ao longo de nossa vida. Ou, as características fono auditivas quando pronunciadas nos fazem relembrar de coisas boas. Mas, o platônico é um engano, um equívoco ao real e o possível. O platônico é a idealização, o erro que insistentemente nos faz querer torná-lo plausível e palpável, trazendo esse amor a realidade. Não sendo possível este amor, ocorre um período de leve desgosto mas sob uma perspectiva realista, esse desgosto pode até se transformar em auto-análise.
Se auto analisando sob um ponto de vista realista, remetendo sempre a esse amor, nos faz crer que o errado nessa história não é o amor e sim o agente amante. A tristeza, melancolia e sofrimento prévio misturado com saudades faz com que o amor se intensifique se tornando um amor platônico ruim, sofrido.
Porém se a análise dos reforços positivos ditos no início do texto forem fortes o suficiente para tornar a pessoa realista e feliz- realista é aquele que se reforça positivamente com coisas reais – o amor se torna algo bom, que faz o agente amante realmente desejar o amor do amado e mesmo não o tendo, se sentir feliz por essa situação. Do ponto de vista positivo, o amor não tido como ideal e próximo, se mostra bom pois idealiza-se que o amado está bem, feliz sob outras circunstancias e contextos sociais, culturais e que provavelmente não estaria feliz ao lado do agente amante. Aparentemente há um complexo de inferioridade por parte do amante vindo de influencias sociais decorrentes de adaptações ao mundo e a sociedade. Não há um ponto para se dizer se isso é bom ou ruim, dependendo da submissão assumida.
Enfim, o amor platônico é admitido sob uma perspectiva realista beirando a interpretações controvérsias e pouco coerentes aos leitores pois para amar, não há coerência, é uma completa desarmonia entre o real e o emocional prevalecendo aquele que foi reforçado e devido as adaptabilidades sociais necessárias a inclusão em tribos onde não há uma hierarquia de respeito ou de convivência, o real se mostra muito necessário aos reforços positivos sendo constantemente levados em conta, fazendo com que ao fim de cada assunto, o amor fique em segundo plano, seja ele real, platônico ou mesmo idealizado. Isso é bom, é muito bom neste mundo onde se deve realizar ações visando o benefício próprio e a autossuficiência.