Monique Abrahão
Eu?
Eu ando por aqui
Você?
Você anda por aí
Muito eu vi
Muito eu ouvi
Muito você me fez sorrir
Muito você me fez rir
Quase nada eu vivi
Pouco Ainda aprendi
E eu...?
Eu não penso em desistir
O doce veneno de um escorpião.
O peito apertou, e a angústia bateu.
Encaro uma realidade que não estava preparada, e que nunca imaginei que fosse acontecer.
A Distância..
Não aquela que o Atlântico causou, mas a de saber que você está tão perto e tão longe...
Eu entendo e respeito o que você vive hoje, mas não compreendo a Distância...
Nossa amizade?!!!
Ela não nasceu ontem, mas há muitos anos atrás.
Você lembra do primeiro momento em que nós nos olhamos e tivemos o mesmo pensamento?
Pois é... achamos que não seria possível convivermos juntos, mas foi Totalmente ao contrário.
Um sempre pensava no outro
Um sempre rezava pelo outro
Um sempre ajudava o outro
Um sempre queria o melhor para o outro
Abraço de um ogro.
É encantador quando a grosseria e a frieza se transformam em um abraço que acolhe e protege!
Saudade
Acordei com saudades do seu abraço
Com vontade de ter você em meus braços
Acordei com saudades do seu sorriso, da sua risada
Saudades da pele nua que brilha quando se encontra com a lua
Ao seu lado me sinto mulher, me sinto viva, me sinto fada
Me sinto encantada
Monique
A gente chora
A gente ora
A gente tem hora
A gente quer viver sem demora
A gente quer ficar mas depois quer ir embora
A gente namora
A gente aflora
A gente se torna senhora
Me disseram que hoje vai chover
Que seja chuva de gotas serenas
Que me transborde paz na alma
Que me faça bailar até voar
Que faça o Mar invadir ruas de pedra
Que me traga uma palavra verdadeira
Que faça de mim herdeira do seu amor.
A selva de pedra está parecendo um deserto, onde as pessoas estão vendo miragens.
Miragem de sentimentos contraditórios, miragem de pensamentos, onde podemos nos afundar em areia movediça de falsas ilusões.
A lua me remete ao passado, me faz pensar no presente, e desejar que o futuro seja repleto de boas canções que alegram os corações.
O Ringue
Estou aqui sentada olhando para o nada, em meio a pensamentos que se confundem em suas diferenças.
O corpo parece retraído, sem vontade de agir, lutando contra a cabeça que clama reação.
Um ringue de luta livre... mas nada parece ser livre, os holofotes se tornam imensas nuvens cinzas.
A cabeça clama vitória, o corpo a derrota.
Serei eu o juiz dessa luta, que dita as regras?