Monalisa Ponciano
Saudade deveria ser nome de doença, isso mesmo, doença! Porque nunca vi um sentimento causar tanta dor, e o pior de tudo. Não tem remédio e a cura é o tempo!
Sobre conhecer o grande amor da sua vida...
Eu a conheci, ela não me reconheceu...
Acenei com a mão, como quem diz: Eu cheguei! Ela entendeu que era adeus... e foi embora.
Será que você fala sobre nós? ou assim como eu, você guardou nossa história em um quarto, trancou a porta e jogou a chave fora?
Existe o amor da sua vida e o amor pra sua vida. Jamais vou aceitar que você não tenha sido os dois numa só pessoa
Perturbador! Palavra que descreve o sentimento absurdamente presunçoso que outrora se instalou em mim quando encontrei em você a soma de todos os meus afetos mais abstrusos. Lembro com requinte de detalhes dos fios loiros do teu cabelo debruçando luz sobre os meus ombros de forma a se misturar com o preto quase azulado dos meus. Iluminando os caminhos que ninguém mais ousaria passar. Mas teus traços de Capitú me fizeram ver como Bentinho sem conseguir vislumbrar nada além da névoa que se esconde o teu amor… nos teus olhos de Capitú, olhos de cigana oblíqua e dissimulada…
Ela tem quase nome de flor, tem cheiro de flor, é perfumada feito flor, tem a maciez de uma flor… mas me machuca com seus espinhos. Seguro com força pra não me ferir, fui ensina assim. Te desmanchas. Me arrependo da força, amoleço. Tu me descobre frágil e me machuca com tenacidade. Pobre de mim que nem sei respirar direito o teu perfume e já me sufocas com teu ego, como de costume.