Misael Natã
Desejo somar todas as minhas letras até finalmente encontrar a base primeira do significado de minha tamanha alegria infundada.
Medo impenetravelmente translúcido.
Não me controlo.
Não sou confiável.
A minha palavras não servem para nada se não para esconder-me de mim.
Não entendo quando preciso agradecer,
Tampouco quando é necessário parar de desculpar-se.
Culpo-me por não me calar.
Culpo-me por não falar cousa alguma.
Só me calo quando não compreendo o que foi dito.
E quando é dito em voz branda não me sinto calmo.
De repente, o sentido da palavra foge assustado.
Entender o indizível rasga o véu da alma.
Uma alma já translúcida de perdas de sentido.
Olho por olho,
E me perco por medo.
Tenho pavor quando penso te que atribuí mais que poderias segurar.
Tenho ardências e palpitações incontroláveis quando sinto tua presença.
Medo mudo de morrer em meu mundo mágico contigo.
Perdoe-me se te assusta a minha ansiosa pressa. Não poderia me contentar com a ociosidade terrena. Espero que estejas aqui de corpo e átomos. Senão migrarei a quem não procure entender realmente a superfície disto, mas que queira compreender o movimento da alma falante.
Luz
Penumbra
Escuridão
Sincronia turbulenta
Anacronismo perverso
Desejo artístico
Pensamentos tocam a alma
Ilusão rasga a carne
Raíz penetra nas vísceras
Vida
Morte
Liberdade