Milena Corrêa
Castelhano
Castelhano dos olhos escuros como a noite,
Deixe-me perder nesta imensidão do seu olhar,
Junto de ti por uma vez quero estar,
Faz de mim a prenda que por ti vai suspirar.
Castelhano, índio guapo, mouro,
De estampa rude, mas de coração mais valioso que ouro,
Rapaz por quem estou a esperar,
Nesta imensidão de seus olhos negros quero me apaixonar.
Castelhano encantador
Faz-me uma promessa, por favor,
Que por mim á de lutar
E eu prometo, que de ti sempre vou cuidar.
Minha Perdição
Perco-me na escuridão desta noite,
Mas percebo que são seus olhos,
Duas estrelas brilhantes,
Que me cativam por bem mais que instantes.
Guri mais que perfeito, de fina estampa,
Não há guria que não queira se embriagar e se deixar apaixonar
Por este gaudério que faz a moça delirar.
Vou ficar em seus braços
Bem perto de ti,
A ponto de sentires o pulsar do meu coração,
Que cada vez que ouve teu nome,
Pulsa descompassado de emoção.
Vou realizar os meus desejos,
De perder-me em seus beijos,
Por entre dedos entrelaçados,
E os corações flechados,
A imensidão de um mundo a desvendar,
Neste mar de perdição, que é o seu olhar.
Desencontros
Nesta noite enluarada de verão,
Vejo estrelas brilharem nesta imensidão;
Vejo nuvens a passar,
E uma estrela lá de longe está a me iluminar.
Sinto a brisa em meu rosto,
Um breve arrepio em minha pele,
Como se fosse tu a me tocar,
Como suas mãos a me acariciar.
Na calada desta noite,
Deitada neste pampa,
Sinto como se tudo passasse
Em um romper de instante.
No romper da aurora
Sinto-te mais presente,
O sol que me aquece
É o mesmo que está a te iluminar
Onde quer que esteja,
Sei que vamos nos encontrar.
Desencontros sempre surgirão,
Como a lua e o sol,
Sei que eclipses irão acontecer
Para deixar este nosso amor enfim renascer.
Peão que vai curar a carência em outros braços, é por que não sabe o valor da prenda que tem em casa.
Me sentia assim
Tão solitária e desamparada
De repente tu surge do nada
Me abraça e me acalma
E faz tudo ficar Bem
Como se nada tivesse acontecido.
Eu já havia deixado de te querer,mas essas lembranças vieram de novo me enlouquecer.
Eu já havia deixado de te amar, mas lembrei de ti e voltei a delirar.
Tu sempre aparece do nada, e some assim sem explicação, me faz tão bem, mas quando tu some, me faz uma falta enorme!
E digo:
Se tu gostar de mim vai ser assim,
Com este meu amor por tradição e se não gostar,
Acostume-se, pois esse é meu jeito de levar a vida.
E simplesmente tu sumiste, e quando voltou chegou e me disse que tinha me ausentado, mas sempre estive ali esperando por ti,
Sempre estava lá para te amparar,
Agora tu chegas com essas cobranças dizendo que eu sumi.
Vivente não te entendo, uma hora quer isso outra quer aquilo e no final das contas quem acaba pagando o pato sou eu...
O jeito é me afastar de ti de vez e ver se tu sente minha falta e corre atrás, pois já cansei de ser teu brinquedo!
Mais uma vez meu coração clama por ti,
mais uma vez, estou cheia de ansiedade,
mais uma vez, tu brincou comigo,
tudo que lhe disse, tudo que mostrei a ti, simplesmente ignorou disse que era mentira, que por ti não sentia nada.
Mais cada dia mais, tu vai me perdendo, e quando de vez eu te esquecer, quando de vez eu deixar de te querer, não me peça pra voltar atras, já estou cançada dessa ilusão,de machucar meu coração...
Tu odeia aquela musica, ai aparece um vivente e canta ela do teu lado e aquilo fica ecoando na tua cabeça.
E quando estou no aconchego dos pelegos, peço ao Patrão Celeste para tudo aquilo que imagino um dia se torne a minha realidade..