Milena Aragão, Psicóloga. Doutora em Educação
Eu não sei o que responder quando me perguntam o que me define. Eu não sou um conceito. A vida é composta de múltiplas histórias. Eu não “sou”, estou constantemente “sendo”, aprendendo, vivendo. O gerúndio tem mais a ver comigo.
Em tempos não tão distantes eu buscava encolher-me, pois acreditava que a invisibilidade me protegeria das "pedras" lançadas. Hoje vejo que de nada adianta, os “granizos” virão, sempre vêm, mas quando construímos uma blindagem amparada em um autoconceito positivo e compreensão para com as nossas fragilidades, entendendo que somos seres em eterno desenvolvimento, alguns adjetivos negativos não nos machucam mais como antes. Procuro, acima de tudo, me amar, me observar, me acolher, ter paciência e perdão comigo mesma. Sou um sujeito em eterna aprendizagem, e os outros também!
Dica:
Ao lidar com um desafio, ao invés de se perguntar:
“Será que vou dar conta?”.
Pense:
"Vou fazer o melhor possível, mas serei capaz de me acolher caso algo dê errado?"
Quando acreditamos que ajudar ao outro significa resolver o problema dele, a possibilidade de nos sentirmos impotentes quando não conseguimos é bem grande.
Mas quando sabemos que nem sempre a ajuda vem na forma de resolução do problema, mas também pode vir com acolhimento, presença, abraço, validação, damos “adeus” ao sentimento de impotência e dizemos “olá” a grande potência que temos.