Miguel Unamuno
Miguel de Unamuno nasceu em 1864, em Bilbao, na região basca. Em 1880 partiu para Madrid, a fim de cursar filosofia e letras. Recebeu o título de doutor depois de quatro anos, ao apresentar uma tese sobre a língua basca.
Depois disso, voltou para Bilbao, onde ficou até 1891. Foi nesse ano que Unamuno obteve a cátedra de Grego na Universidade de Salamanca e, em 1901, foi nomeado como reitor da mesma universidade.
Unamuno é classificado como um dos grandes nomes da “geração de 98” da inteligência espanhola, além de ser considerado o precursor do existencialismo em seu país. Suas obras são conhecidas por romperem com os gêneros tradicionais.
Em 1914, Unamuno foi destituído do cargo de reitor por causa de suas posições políticas. Apesar de ter retornado ao cargo, o autor foi afastado diversas outras vezes, pelos mesmos motivos.
Foi um defensor das idéias republicanas. Chegou, inclusive, a escrever um artigo que foi considerado uma afronta ao rei Afonso 13 e, por isso, foi deportado para a ilha de Fuerteventura, em 1924.
Unamuno exilou-se, então, na França, e lá ficou até 1930. No ano seguinte, com a proclamação da República, o autor pode assumir de novo o cargo de reitor na Universidade de Salamanca.
Porém, Unamuno se desencantou com o governo republicano e passou a ser entusiasta dos militares rebeldes, que eram comandados pelo general Francisco Franco. Seu novo posicionamento fez com que fosse novamente destituído, em 1936, que foi justamente quando começou a Guerra Civil Espanhola.
Os franquistas, após dominarem a cidade, levaram Unamuno de volta ao cargo. Mas perdeu-o mais uma vez, ao criticar o governo de Franco. Ficou em prisão domiciliar, onde permaneceu os últimos dias de sua vida.
Unamuno faleceu em 1936, em Salamanca.
Algumas de suas obras:
-"Paz na Guerra" (1895)
-"Névoa" (1914)
-"Poesias" (1907)
-"Andanças e Visões Espanholas" (1922)
-"Vida de Dom Quixote e Sancho" (1905)
-"A Agonia do Cristianismo" (1925).