Miguel Cafélix
O seu passado é o presente de muita gente. O seu futuro é o presente de muita gente. O seu presente é o passado de muita gente.
A verdadeira liberdade não é aquela que você faz o quiser. E sim aquela que você sabe que pode fazer tudo, mas nem tudo lhe fará bem.
Sei que nada é perfeito
E ninguém é igual á ninguém
Mas se você se encaixar no meu jeito
Eu me encaixo no seu também.
Eu? Então, sou igual o mar: uns gostam, uns não, tem dias que estou belo como as águas azuis, outrora estou sem cor como em um dia nublado. Trago alegria pras pessoas, mas passo por tempestades que só quem está nas minhas profundezas conseguem ver a tribulação que acontece, e a única pessoa que está a fundo sou eu mesmo. Eu tenho minhas crises, meus momentos tristes, minhas falhas, escondo algumas coisas ruins e pesadas no fundo do meu ser e jogo minha bela água por cima pra ninguém ver o que há lá, minha água é meu sorriso vindo como as ondas a desaguar na praia. Meu sorriso vem à frente, ele é essencial pra eu me manter forte. Ninguém precisa saber o que eu passo, ninguém precisa sofrer por mim. Eu devo mostrar o meu melhor, e o meu melhor não inclui minhas tristezas. E sobre mergulharem no meu mar: Meu eu entra em deriva constantemente, não sei se alguém estará disponível à me acompanhar. Enquanto isso vou me agradando comigo mesmo, no final só será eu e eu, assim como o mar sempre será o mar.
Não preciso de ninguém pra me sentir completo, preciso de alguém que me faça transbordar. Pois completo eu já sou, me sinto agradavelmente bem com minha própria companhia. Ah, mas se transbordar também é muito bom, é muita abundância envolvida em um só momento. Mas depender dos outros pra você se sentir bem é difícil, pois a abundância um dia acaba, vai embora, sem se despedir, deixando um vazio ... Não! Um vazio não. Pois estava transbordado, e quando para de transbordar continua completo, então não há vazio. Não é egoísmo, mas tenho um enraizamento muito forte com minha companhia, pois no final de tudo, só será eu e ela... Acabaremos sozinhos.
"As palavras... as vezes sim, as vezes não, as vezes talvez.
As vezes rosas, as vezes vinho, quase sempre beijo acompanhado de carinho.
As vezes dois, as vezes um, as vezes zero ou de repente nenhum.
Muitas vezes precisamos daquilo que estamos precisando.
Mas as vezes não sabemos ao certo do que precisamos.
As vezes café, as vezes tequila, as vezes rosas ou tudo junto na narguile. Encher nossos pulmões do que queremos e do que nos fazem bem, nos fazem bem, queremos bem, e o bem nos querendo também."