Michell J. Santana
Baseando-se na estética transcendental do tempo e do espaço, a realidade em que vivemos não é nada mais que a manifestação metafísica da natureza de Deus. Visto que o tempo é eterno e ininterrupto e é no espaço uno que o tempo move os objetos fora de cada corpo.
Nossa vida, nossa idade cronológica, nossas conquistas, cada evento é a ponta da agulha do destino em ligação com o espaço-tempo. Somos todos componentes deste cósmo divino.
Qualquer pessoa pode me ver com seus olhos, mas eu, antes de ser o que eles veêm, sou na verdade o que sinto e falo. O corpo é a vestimenta da alma. O que importa não é o que você vê mas o que sente.
Aos arrogantes que sofrem patologicamente da síndrome de imortalidade e se acham melhores que os outros, digo-lhes: minha comiseração e animosidade são maiores que meu decorum social. Indigníssimos de pena e sensibilidade.
O que é a inveja se não a confirmação veemente da fraqueza, auto-impotência, derrota e debilidade daqueles que a detêm.
O orgulho é tripolar: bem dosado eleva o brio e a admiração social; direcionado à quem amamos se torna um bloqueio que neutraliza tal amor e causa desarmonia; e super dosado transforma o seu possessor em arrogante, egocentrista e ignorante. O dosador disso somos nós.
A linha tênue do porvir.
Baseado na Lei da Relatividade, o tempo e o espaço são, na verdade, dois aspectos de uma mesma realidade. Em concordância com esta afirmação apodíctica, o futuro já existe neste momento presente, neste agora.
A ilusão do tempo é o que cria um espaço entre o hoje e o amanhã. O jeito de eliminar o tempo é eliminar o espaço (seja ele físico ou metafísico). Por exemplo: quando é eliminado o espaço que separa uma pessoa da outra, conseqüentemente é eliminado o tempo que impede a redenção (id est, o futuro) de chegar.
O conflito entre as pessoas é uma das causas da ilusão temporal.
Diante desta análise, um mundo de realização, conquista, felicidade e plenitude individual já existe. Para alcançarmos esse nível, devemos eliminar o espaço que nos afastam das pessoas e dos nossos ideais. Para isso temos que eliminar aquilo que causa o conflito: o ego.
Aqueles que vivem de rótulos e esteriotipos têm, muitas vezes, como suas verdade, a ilusão de estar certo.
O tempo nos passa e mesmo assim a maioria não se conscientiza que o amor é o único elo que temos entre Deus, a eternidade e a felicidade.
Triste saber que a ignorância e o orgulho são umas das pedras que pomos no caminho da nossa própria paz; mais triste ainda é saber que o homem só aprende o valor da vida no fim de sua própria vida.
Saudade é aquilo que ficou de quem não quis ficar; ou de quem teve que ir.
A saudade dói e não tem farmácia de plantão que resolva.
A saudade é o torpor dos mortais que ainda vivem, é uma viagem que transcede o tempo, que eterniza o passageiro, que desatina alguns e modifica todos.
Sinto que tenho um legado a deixar,
mensagens para serem transmitidas,
uma ideologia a ser refletida.
Utilizarei a oportunidade-sorte de cada dia
para escrever minhas linhas.
Um dia com raiva é um disperdício pois são vinte e quatro horas que poderiam ser apreciadas com alegria.
Algo que me entristesse muito é que nunca fui amado por ser eu mesmo. Amei tanto um delírio encarnado que me tornei insano por culpa dele mesmo.
Somos tolos em tomar tudo que está fora de nós por garantido. É meio quimérico dizer "meu amor" para alguém, e notar que o "meu" direcionado a outrem é quase uma ilusão. Tudo aquilo que for seu nasce e morre contigo, de facto.
O fortuito é a eventualidade dos que vivem. A vicissitude é a companheira do fortuito. A fatalidade é o fim insanável de quem conhece e sente a alegria e a tristeza de viver. O lamentar gera pesar mas com o transcorrer do tempo, o lamentar gera alívio, e de alguma forma, força