Michael Crichton
Vivemos num mundo assustador, de coisas prontas. Está decidido que as pessoas devem se comportar de tal maneira. Está decidido que devem se preocupar com tais e tais assuntos. Ninguém mais pensa nas coisas que chegam prontas. Não é incrível? Na sociedade de informação, ninguém mais pensa. Esperávamos acabar com o papel, mas na verdade acabamos com o pensamento.
(de "O parque dos dinossauros")
Mas nos iludimos, acreditando que as mudanças súbitas ocorrem fora da ordem normal das coisas. Como um acidente de carro. Ou que estão fora de nosso controle, como uma doença fatal. Não concebemos as transformações súbitas, radicais e irracionais como parte da própria essência da vida. Mas é isso. E a teoria do caos nos mostra que a linearidade pura, que acostumamos a aceitar como válida para tudo, da física à ficção, simplesmente não existe. A linearidade é uma maneira artificial de encarar o mundo. A vida real não é feita de uma série de eventos interligados, ocorrendo um após o outro, como contas de um colar. A vida, na verdade, é uma série de encontros, onde cada evento pode mudar os que se seguem de maneira imprevisível, devastadora até.
A linearidade é uma maneira artificial de encarar o mundo. A vida real não é feita de uma série de eventos interligados, ocorrendo um após o outro, como contas de um colar. A vida, na verdade, é uma série de encontros, onde cada evento pode mudar os que se seguem de maneira imprevisível, devastadora até.
A maior parte dos poderes exige um sacrifício substancial de quem os deseja. Existe um aprendizado, uma disciplina que dura anos. Isso vale para diversos tipos de poder.
A presidência de uma grande empresa. Faixa preta em caratê. Guru espiritual. Seja o que for, exige tempo, prática, esforço. Precisa abrir mão de muitas coisas para chegar lá. É necessário que dê muita importância ao que almeja. Quando consegue chegar lá, tem o poder. Não pode ser dado a outro, existe dentro da pessoa. Literalmente, é o resultado da disciplina.
Se você não conhece a História, não conhece nada. Você é uma folha que não sabe que é parte de uma árvore.