meymey
A pequena sereia não sabia nadar, apesar disso se lançou no mar, seu medo mais profundo virou sua liberdade mas também sua prisão.
No mar aberto não existe outra solução senão, nadar contra ou a favor da correnteza.
O dia passou e a pequena sereia queria voltar, se ver livre daquele grande mar que um dia foi tão almejado a ponto de fazer ela aprender a nadar, porém já não se recordava do caminho, e ninguém poderia lhe ajudar, então a pequena sereia nadou, nadou, nadou, nadou, nadou e nadou até se cansar....
GOSTARIA DE ME ATENTAR A ESTAS PALAVRAS AS QUAIS ESTOU LANÇANDO SEM DIREÇÃO E TALVEZ NÃO CHEGUE EM NENHUM LUGAR.
ESTA É UMA CARTA ABERTA PARA MIM:
Oi, tudo bem? eu já sei sua resposta, também sei que não será sincera, está automatizado na fala. Seu pensamento desacelera por alguns segundos querendo falar, mas tudo na sua cabeça diz que ninguém está disposto a escutar, e sinceramente ninguém realmente é obrigado a ouvir tais coisas, e nem te ajudar, tudo bem siga firme, continue, continue o importante é chegar.
O medo de não amar é menor que o medo de não ser amado, pois de alguma forma isso é relevante, temos costumes, traumas, anseios e desejos, mas ainda não me sinto importante, seja pra alguém, seja pra algo. Não estou disposta a crescer, tenho medo de sentir, tenho medo de viver, tenho medo de sorrir, tenho medo de errar, tenho medo de não encontrar, e por fim tenho medo de me apresentar.
Pensamentos intrusos invadem minha mente, não tenho posse deles, e nem sei como apagar, apenas sei que não são meus, mas estão lá. A saudade eterna de um lugar distante cheio de luz a ponto de cegar meus pensamentos e consumi-los num instante, riso infantil de lembranças criadas para sonhar e esperar que algum dia encontre novamente esse lugar distante.