Mercia Sales
Te olhando, eu percebi que você faz parte de mim. Que você vive dentro de mim.
Que seu olhar, é a janela da minha alma, é o meu espelho, é minha alma refletida.
Você é a luz do fim do túnel, você é tanto, porque você é tudo, o que eu tanto procurei.
É a chama que desmistifica todas as minhas dúvidas.
Você é toda a pureza dos olhos que eu precisava, para que eu pudesse me sentir segura.
Enfim; eu estou aqui. Pronta para viver, o que eu tenho que viver, ao teu lado.
Você é aquilo que, já tinha sido projetado a mim, a muito tempo atras, mais é a muito tempo atras mesmo. Que agora, eu encontrei. Que bom que eu te encontrei.
Desde o dia em que eu te perdi, que te busco.
Muitas vezes, sem mesmo saber o que buscava,
Mas minha alma sim, ela sim sabe.
Anseio de alma, complemento meu.
Sem você, não sou completa.
Pedaço, vazia.
Te busco incansavelmente, anseio de vida.
Quando olho para mim, te acho.
Quando cuido de mim, te trago.
Quando te encontro, sou plena.
Plena; Pertencente!
Inúmeros são os acontecimentos que incidem sobre nós. Indiferente de serem bons ou não tão bons assim, simplesmente não temos como controlar os fatores externos que de alguma forma vão nos afetar. Mas, podemos optar por controlar a nossa reação diante eles.
O livre-arbítrio pode ser considerado uma benção ou não, tudo vai depender de como você vai encarar essa experiência extraordinária chamada vida. Se pensa que está difícil para você, pare por alguns instantes e analise melhor o seu entorno.
Cada um de nós está vivenciando o seu próprio processo. Se observar com atenção, perceberá que tudo é uma questão de ciclos. Um ciclo se fecha e outro se inicia. Às vezes, encerramos ciclos. Outras vezes, encerram o ciclo por nós.
Quando parte de nós encerrar um ciclo, tudo parece mais leve e fácil de aceitar. Somos capazes de encarar com naturalidade o fim de mais uma etapa e partimos desapegados para o novo que não tarda à chegar. A sensação de dever cumprido acalenta o coração.
Mas, quando alguém ou alguma circunstância externa nos força a encerrar o ciclo, normalmente nos deixamos dominar por sentimentos de não aceitação, medo e sofrimento. Ficamos inseguros, frágeis e resistentes.
Quando não percebemos que um ciclo precisa chegar ao fim, a vida vem e se encarrega de trazer as mudanças que se fazem necessárias. Em alguns momentos, ganhamos leves “tapas nas costas” que sutilmente nos impulsionam.
Em outros, é como se uma “tempestade” fizesse morada dentro de nós. A intensidade desse “empurrão” da vida, vai depender de como nos posicionamos diante dos nossos próprios processos internos.
Se tentarmos pular uma etapa, o processo não se completa e provavelmente irá se repetir até aprendermos a lição. Do contrário, se a lição já foi compreendida e continuamos apegados, o corte precisa ser feito.
O nosso processo muitas vezes vai doer. Não por que precisa doer, mas, por que resistimos a ele. Se permitir vivenciar cada ciclo e aceitar quando este chega ao fim, pode ser a chave para o nosso crescimento, amadurecimento e cura interior.
Às vezes, certas bênçãos de Deus entram estilhaçando todas as vidraças, eu humildemente acrescentaria, mesmo assim permaneça aberto e confie no processo. Confie que nada chega e nada se vai sem um bom motivo. No universo, mesmo que não compreendamos, tudo é perfeito.
Muitas vezes, algumas coisas precisam morrer em nós para que a nossa evolução aconteça. Sempre há para o que renascer. Somos o resultado das nossas experiências e cabe apenas a nós apreciar o caminho. Confie no seu processo.