Menotti del Picchia
Menotti Del Picchia (1892-1988) foi um poeta, romancista e jornalista brasileiro. Foi um dos mais importantes colaboradores da Semana de Arte Moderna de 22.
Paulo Menotti Del Picchia nasceu em São Paulo, no dia 20 de março de 1892. Filho de imigrantes italianos com cinco anos de idade mudou-se com a família para a cidade de Itapira. Estudou em Campinas, em São Paulo, em Pouso Alegre e em Minas Gerais. De volta a São Paulo Estudou Direito na Faculdade do Largo de São Francisco.
Em 1913 publicou seu primeiro livro “Poemas do Vício e da Virtude”. Em 2014 voltou para Itapira, onde trabalhou como advogado e dirigiu os jornais, Diario de Itapira e O Grito! Em 1917 publicou o poema comovido, “Juca Mulato”, que foi reproduzido em diversos jornais e levou o autor ao reconhecimento nacional.
Semana de Arte Moderna
Menotti foi um dos mais importantes colaboradores da Semana de Arte Moderna de 22. O autor abriu a segunda noite com uma conferência em que negava a filiação do grupo modernista com o Futurismo do poeta italiano Fillippo Marinetti. Defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação e a formação de uma arte genuinamente brasileira.
Em 1924, junto com outros escritores, criou o “Movimento Verde e Amarelo”. Em 1933 assumiu a direção do Diário da Noite. Em 1943 foi nomeado para a Academia Brasileira de Letras. Menotti foi deputado estadual em duas legislaturas e federal em três legislaturas, ambos pelo estado de São Paulo.
Obras
Menotti Del Picchia escreveu poesias e romances, entre eles, “A Angustia de D. João” (1922), “Salomé” (episódio bíblico transposto para São Paulo) (1930), “O Amor de Dulcinéia” (1931), “Dente de Ouro” (sobre o banditismo nacional) (1946) e “A Filha do Inca, Kalum” (ficção científica) (1946). Faleceu em São Paulo, no dia 23 de agosto de 1988.