Mel Fronckowiak
Amizade verdadeira é quando você entende a outra pessoa só pelo olhar ou pelo tom de voz. É também quando você pode dizer o que pensa mesmo que a outra pessoa não goste.
A ignorância se alimenta de aplausos. A inteligência bebe na fonte do silêncio. A melhor risada é a de dentro. Aquela que os invisíveis não ouvem.
Ir embora é como debulhar o quebra-cabeça da vida. Os pedaços do que somos vão ficando no caminho. Os pedaços do caminho vão nos tornando.
Goiânia tem ares secos e vista verde. Chega a nos faltar o ar nessa arquitetura Art Decó. Terra campineira de geografia morena e protegida.
Mar, guardião de histórias, embala o meu sono com esse cântico das águas. Pudera ser espuma pra seguir contigo e me perder em imensidão azul.
As cores de domingo são cores envelhecidas. Cores de saudades, de voltar de viagem. Cores de quem parte e de quem fica partido ao meio.
A poesia anoitecida é uma mulher que se entrega na penumbra. Não é vergonha de se mostrar, é vergonha de ver demais.
Fazer poesia, para mim, é ser capaz de construir quando tudo está desfeito por dentro. É um jeito de entender o mundo através da brisa macia que arrepia a nossa inocência. É o assoviar da alma mesmo quando lá fora canta o mais preenchido silêncio.
Fazer poesia é como amar através de palavras. É fazer com que elas se aconcheguem nos espaços escondidos de cada um. Poetas e seu dom de encantar o mundo. De encantar os desejos datravés das escritas. De fazer com que tudo seja possível nos lugares mais pequeninos que a vida tem. Eu penso que fazer palavras namorarem é mais nobre que ter títulos e posses. É que as palavras só namoram quando amam de verdade!
Eu andei procurando até reencontrar esse pedaço. Esse rio que corre em 3 córregos. E permeia margens tão diferentes que acabam refletindo anseios mútuos. São os opostos que convergem nessa vida!
Natal nos deu de presente um dia de céu e mar azuis em comunhão. Nos escondemos nas falésias, nas areias e no calor do sol. A brisa abrindo os nossos sorrisos, a paz embalando os nossos sonhos.
Eu penso que fazer palavras namorarem é mais nobre que ter títulos e posses. É que as palavras só namoram quando amam de verdade!
Pedacinhos de noite, polvilhados com as luzes do dia. É a madrugada confusa. Para alguns tarde, para outros muito cedo. Opostos de Vida.
Cada um leva dentro um poeta adormecido. Feito o vento que desarruma as folhas secas, vamos soprar para que ele possa ser redemoinho...
O cadeira de balança embala o sono da avó. E junto com ela as historias que nos fazem ser. Vai e vem, você em mim.
O passarinho me olhou pequeno. Eu coube naquele olhar e depois no seu vôo de liberdade. Tenho sonhado em amar nos céus.
Já que o mundo anda apagado, sem palavras vaga-lumes. Vamos encantá-lo através dos escritos, rabiscos de nós mesmos, devaneios.
Tem dias que dá vontade de caber nas gotículas de orvalho. Dessas que molham o campo e a vida de quem madruga. E lá ficar protegida do mundo.
Há estátuas com asas na cidade... Que me parecem liberdade acimentada, tenho vontade de voar por elas, mas eu também não saio do chão.
Bater palmas na balada é praticamente um ato com legenda: Me separei faz pouco, tenho 50 anos e não saio há dez!
"Tem dias que dá vontade de caber nas gotículas de orvalho.Dessas que molham o campo e a vida de quem madruga.E lá ficar protegida do mundo"