Mauro Castro.
Tenho passado noites em claro, tentando escrever um único verso que possa te fazer sorrir, a verdade é que não tem sido fácil, as palavras simplesmente desaparecem, tal como as rimas que insistem em não rimar, é como tentar explicar o céu usando como exemplo o mar, me falta inspiração, sofro de um bloqueio súbito de criatividade, que pode ser explicado pela constante lembrança de teu rosto embrutecido pelas decepções amorosas, penso que deveria aceitar meu o amor ao invés de um simples verso que pode soar meio controverso na medida que avanço nestas poucas linhas que te escrevo, entretanto, entendo que algumas poucas palavras distribuídas em quartetos e tercetos sejam capazes de arrancar um sorriso amarelo de teu rosto pálido, então me envolvo em rabiscos e folhas timbradas, equanto escrevo um frágil poema que de certa forma retrata a tua essência...
"Caso
o descaso,
nos leve ao fim
do nosso caso,
Quero que saiba,
que tudo aconteceu
por acaso,
Se isso não foi amor
Que seja apenas um caso,
contado com descaso
e por acaso na mesa de um bar."
Chegou hora da partida,
Abraços, promessas e despedidas ,
vidas que se separam,
que seguem, carregadas de lembranças,
memórias, histórias que tempo não irá apagar."
De certa forma todos os caminhos me traziam de volta, e embora a distância fosse insensível aos abraços, eu sentia que nosso laço se fazia mais apertado, fosse pela saudade, ou pela vontade quase insana de voltar, pois meu lugar sempre foi aí, dentro do teu abraço.
Sempre acreditei que boas discussões fossem capazes de abrir novos horizontes, mesmo quando elas partem de perspectivas tão distintas, mas o que tenho visto nestes últimos dias tem colocado a prova esse sentimento, o que é realmente uma pena, acho que o sujeito que não tem condições de contribuir devia se abster, guardar seus insultos e agressões em um lugar qualquer, e nos poupar dessa probreza conceitual que não lhe permite contribuir de forma relevante, mas como falei, "só acho"!
Mauro Castro, No compasso do achismo.
Uma pequena taça de vinho quase vazia, marcada de batom barato e gosto amargo, dá tom, ao fundo uma velha vitrola empoeirada ainda repete o refrão, no meu peito ferido ainda vive saudade e solidão.
É engraçado, e ao mesmo tempo constrangedor, porque passamos metade de nossas vidas acreditando que certas qualidades poderiam nos livrar de algumas saias justas, mas aí vem vida, suas situações cotidianas e tudo mais, e a única coisa que você consegue sentir é um direto no queixo, depois a lona, enquanto uma pequena sequência numérica ecoa pela massa encefálica.